Ministério da Defesa russo diz que são falsos os relatos de ataque às forças do Grupo Wagner
Líder da organização, Yevgeny Prigozhin, acusou a liderança militar russa de atacar um de seus acampamentos militares e matar uma “grande quantidade” de suas forças mercenárias
O Ministério da Defesa da Rússia informou, neste sábado (24), que “as informações divulgadas nas redes sociais” sobre um ataque russo a um acampamento militar do Grupo Wagner “são falsas”, segundo a mídia estatal do país.
“Todas as mensagens e vídeos distribuídos nas redes sociais em nome de E. Prigozhin sobre o suposto ataque do Ministério da Defesa da Rússia contra os ‘acampamentos militares do Grupo Wagner’ não correspondem à realidade e são uma provocação de informação”, explicou o Ministério de Defesa.
O órgão também disse que as Forças Armadas da Rússia continuam realizando missões de combate na linha de contato com as Forças Armadas da Ucrânia.
Mais cedo, Yevgeny Prigozhin acusou a liderança militar russa de atacar um de seus acampamentos militares e matar uma “grande quantidade” de suas forças mercenárias. Em seguida, prometeu atacar as forças oficiais russas como represália.
Prigozhin afirmou que o Ministério da Defesa russo enganou o Grupo Wagner e prometeu “responder a essas atrocidades”.
“Eles nos enganaram sorrateiramente, tentando nos privar da oportunidade de defender nossas casas e, em vez disso, caçar Wagner. Estávamos prontos para chegar a um acordo com o Ministério da Defesa para entregar nossas armas e encontrar uma solução para continuarmos a defender país. Mas esses canalhas não se acalmaram”, expôs Prigozhin em uma nota de voz postada no Telegram.
Ele ainda promete retaliação: “Muitas dezenas, dezenas de milhares de vidas, de soldados russos serão punidas”, declarou Prigozhin. “Peço que ninguém oponha resistência. Aqueles que mostrarem tal resistência, consideraremos isso uma ameaça e os destruiremos imediatamente. Isso inclui qualquer bloqueio de estrada em nosso caminho, qualquer aeronave vista sobre nossas cabeças”, prosseguiu.
Também foi solicitado pelo mercenário que todas as pessoas que fiquem em casa e “mantenham a calma, para não serem provocadas”.
Em seguida o principal comandante da Rússia na Ucrânia, Sergey Surovikin, ordenou aos mercenários que interrompessem a rebelião e obedecessem ao presidente Vladimir Putin.