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    Militares dos EUA intensificam vigilância no Oriente Médio com aumento de ameaças às tropas

    Risco aos militares norte-americanos cresceu desde o início do conflito entre Israel e o grupo radical islâmico Hamas

    Veículos do Exército dos EUA: tropas estão atentas a ataques no Oriente Médio
    Veículos do Exército dos EUA: tropas estão atentas a ataques no Oriente Médio Fabian Bimmer/Arquivo/Reuters (10.fev.23)

    Phil Stewartda Reuters

    Washington

    As Forças Armadas dos Estados Unidos estão tomando novas medidas para proteger suas tropas no Oriente Médio à medida em que aumentam as preocupações com os ataques de grupos apoiados pelo Irã, informaram autoridades à agência de notícias Reuters.

    As medidas incluem aumento das patrulhas militares dos EUA, restrição do acesso às instalações de base e aumento da coleta de informações de inteligência, inclusive por meio de drones e outras operações de vigilância, disseram as autoridades, sob a condição de anonimato.

    As Forças Armadas norte-americanas também estão reforçando o monitoramento das torres de vigia em suas instalações militares, aumentando a segurança nos pontos de acesso às bases e ampliando as operações para combater a possível entrada de drones, foguetes e mísseis, segundo as autoridades.

    “Com o aumento do número de ataques e tentativas de ataques a locais militares dos EUA, a revisão contínua de nossas medidas de proteção da força é fundamental”, disse o general do Exército dos EUA Michael “Erik” Kurilla, chefe do Comando Central dos EUA, à Reuters.

    Os representantes dos Estados Unidos no Iraque e na Síria têm sido repetidamente alvejados desde o início do conflito entre Israel e o grupo radical islâmico Hamas, em 7 de outubro. Os ataques causaram ferimentos leves em quatro norte-americanos e cinco contratados militares do país, mas todos retornaram ao trabalho, afirmou uma das autoridades.

    Na semana passada, na costa do Iêmen, um navio de guerra dos EUA abateu mais de uma dúzia de drones e quatro mísseis de cruzeiro disparados por Houthis apoiados pelo Irã.

    Uma autoridade militar, falando sob a condição de anonimato, não disse especificamente o que poderia desencadear a retirada das famílias dos militares norte-americanos posicionados em locais do Oriente Médio como o Barein, sede da Quinta Frota da Marinha dos EUA. “Analisamos continuamente e, se acharmos que a ameaça está subindo a um nível que ameace os dependentes de nossos membros em serviço na região, erraremos por precaução”, disse à Reuters.

    Autoridades do governo de Joe Biden, incluindo o secretário de Defesa Lloyd Austin, alertaram sobre o risco de uma grande escalada nos ataques às tropas norte-americanas no Oriente Médio e que o Irã poderia tentar ampliar a guerra entre Israel e Hamas.

    “Vemos a perspectiva de uma escalada muito mais significativa contra as forças e o pessoal dos EUA no curto prazo e, sejamos claros, o caminho leva de volta ao Irã”, disse um autoridade de alto escalão da defesa a repórteres do Pentágono, na segunda-feira (23).