Militares dos EUA começam a entregar ajuda a Gaza através de píer flutuante
Cais foi ancorado numa praia em Gaza na quinta-feira e será usado para canalizar ajuda de vários países para o território palestino sitiado
Os caminhões que transportam ajuda humanitária para Gaza começaram a desembarcar depois de chegarem ao píer flutuante construído pelos militares dos EUA, de acordo com o Comando Central dos EUA (CENTCOM).
O cais foi ancorado numa praia em Gaza na quinta-feira e será usado para canalizar ajuda de vários países para o território sitiado, com todas as outras passagens de fronteira fechadas e um desastre humanitário catastrófico se desenrolando no seu interior.
Os EUA, que começaram a construir o cais de 320 milhões de dólares no final de abril, destacaram que se trata de uma medida temporária que é “inteiramente de natureza humanitária e envolverá produtos de ajuda doados por vários países e organizações humanitárias”.
Nenhuma tropa dos EUA desembarcou em Gaza, de acordo com a declaração do CENTCOM.
A ajuda chega primeiro do estrangeiro ao Chipre, antes de ser transportada de navio para uma plataforma flutuante perto da costa de Gaza, sendo finalmente transportada para o cais flutuante e carregada em caminhões para distribuição em terra.
O objetivo é levar diariamente cerca de 500 toneladas de assistência humanitária a Gaza através do cais, disse o almirante Brad Cooper, comandante do Comando Central das Forças Navais dos EUA, em uma coletiva de imprensa na quinta-feira.
Isso significa cerca de 90 caminhões por dia, e a meta é chegar a 150 caminhões por dia.
O novo corredor marítimo chega num momento crítico – com o fechamento da fronteira de Rafah para Gaza durante mais de uma semana, impedindo a passagem da ajuda.
A passagem de Rafah era a única entre Gaza e o Egito – com todos os outros pontos fronteiriços da faixa controlados por Israel.
O Departamento de Estado dos EUA alertou que apenas 50 caminhões de ajuda humanitária conseguiram chegar a Gaza no domingo, contra centenas por dia nas semanas anteriores, acrescentando que o número “não é suficiente”.