Militares dos EUA ainda não recuperaram objeto voador abatido no Alasca na última sexta-feira
Um caça F-22 dos EUA abateu um "objeto de alta altitude" sobre as águas congeladas do Oceano Ártico, perto da fronteira canadense, a cerca de 16 quilômetros da costa norte do Alasca
Os militares dos EUA não recuperaram o objeto abatido sobre o Alasca na última sexta-feira (10), disse o general Glen VanHerck, comandante do Comando do Norte dos EUA e do Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte (NORAD, na sigla em inglês), a repórteres neste domingo (12).
“Estamos procurando ativamente por esse objeto agora. Estou com um P-8 da Marinha, que está vigiando a área, com helicópteros também. Assim que localizarmos esse objeto, colocaremos um pacote de segurança do Ártico lá e iniciaremos a análise e a recuperação, mas não o temos agora”, disse VanHerck.
Um caça F-22 dos EUA abateu um “objeto de alta altitude” sobre as águas congeladas do Oceano Ártico, perto da fronteira canadense, a cerca de 16 quilômetros da costa norte do Alasca.
O anúncio marca a segunda vez que caças americanos derrubaram um objeto voando sobre o espaço aéreo dos EUA em pouco menos de uma semana, após a decisão de Biden de abater um balão chinês suspeito de espionagem na costa da Carolina do Sul no último sábado.
Desta vez, o presidente tomou medidas mais decisivas para derrubar rapidamente o objeto no Alasca, mas questões importantes sobre a origem do objeto e sua funcionalidade permanecem sem resposta.
Depois que o objeto foi detectado pela primeira vez na quinta-feira (9), caças F-35 foram enviados para investigá-lo, de acordo com um funcionário dos EUA. O objeto, disse o coordenador do Conselho de Segurança Nacional para comunicações estratégicas, John Kirby, durante uma coletiva de imprensa na Casa Branca, estava voando a uma altitude de 12 quilômetros e “representava uma ameaça razoável à segurança de voos civis”.
Os caças foram investigar o objeto novamente na manhã de sexta-feira. Ambas as aproximações renderam informações “limitadas”, disse Kirby aos repórteres.
“Alguns caças voaram ao redor do objeto antes da ordem de derrubá-lo, e a avaliação dos pilotos foi de que não havia tripulação”, acrescentou Kirby.
O presidente foi informado pela primeira vez na noite de quinta-feira “assim que o Pentágono tinha informações suficientes”, disse Kirby, acrescentando que, por recomendação do Pentágono, Biden ordenou que os militares “derrubassem o objeto – e eles o fizeram”.
O objeto foi derrubado por aviões de caça atribuídos ao Comando Norte dos EUA. E autoridades dos EUA disseram que o objeto foi derrubado sobre as águas congeladas do Oceano Ártico, perto da fronteira canadense, a cerca de 16 quilômetros da costa norte do Alasca. Os EUA esperam recuperar os destroços, disse Kirby.
Biden, questionado mais tarde na sexta-feira se tinha algum comentário sobre o objeto abatido sobre o Alasca, disse à CNN: “Foi um sucesso”.
Um caça F-22 da Base Conjunta Elmendorf-Richardson, no Alasca, derrubou o objeto “às 13h45, horário padrão do leste, hoje, dentro do espaço aéreo soberano dos EUA sobre as águas territoriais dos EUA”, disse o secretário de imprensa do Pentágono, Brigadeiro General Pat Ryder, a repórteres na sexta-feira.
Ele disse que o objeto foi abatido pelo F-22 com um AIM-9X, o mesmo tipo de aeronave e míssil usado para abater o balão na costa da Carolina do Sul.
Um funcionário dos EUA observou que não havia nenhuma preocupação séria sobre danos colaterais a pessoas ou propriedades no local quando a decisão de derrubá-lo foi tomada. O Comando Norte dos EUA e o NORAD queriam abater o objeto durante o dia porque as breves horas de sol no extremo norte tornavam mais fácil para que um jato em movimento rápido tentasse encontrar e seguir um objeto em movimento lento, disse o oficial.
O objeto não parecia ter nenhum equipamento de vigilância, de acordo com uma autoridade dos EUA, o que o tornaria menor e provavelmente menos sofisticado do que o balão chinês abatido no fim de semana passado.
Oficiais militares expressaram confiança de que o objeto não era um bem pertencente às forças armadas ou ao governo dos EUA.