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    Militares chineses se tornaram mais agressivos com os EUA, afirma general

    Para o Chefe do Estado-Maior Conjunto, Mark Milley, atividade das forças armadas da China aumentou nos últimos cinco anos

    Mark Milley, general do Exército e chefe do Estado-Maior Conjunto, em Washington
    Mark Milley, general do Exército e chefe do Estado-Maior Conjunto, em Washington 29/09/2021 Rod Lamkey/Pool via REUTERS

    Barbara StarrDevan Coleda CNN

    O general mais graduado dos Estados Unidos emitiu um alerta importante sobre as intenções militares da China em relação aos americanos e aliados na região, dizendo que Pequim se tornou mais agressiva e que o número de interceptações chinesas no mar e no ar “aumentou significativamente” em anos recentes.

    “A China está aumentando sua agressividade em sua retórica, e também em sua atividade”, disse o Chefe do Estado-Maior Conjunto, general Mark Milley, na última sexta-feira (22) a um grupo de repórteres que viajou com ele na Ásia, de acordo com uma transcrição de suas declarações do Departamento de Defesa.

    “O volume, o número de interceptações chinesas no mar e no ar aumentaram significativamente em cinco anos”, disse Milley, embora não precisado um número exato.

    Os comentários de Milley ressaltam os esforços do governo americano para tornar o combate à China uma prioridade estratégica fundamental, e vêm quando a presidente da Câmara, Nancy Pelosi, parece estar se preparando para liderar uma delegação do Congresso a Taiwan, ilha autônoma que Pequim reivindica como seu território.

    O presidente dos EUA, Joe Biden, sugeriu que os militares americanos acreditam que uma possível viagem de Pelosi e outros legisladores representaria riscos à segurança.

    O Pentágono se recusou a dizer se as autoridades informaram diretamente a democrata da Califórnia, mas as autoridades dizem que as preocupações incluem a China estabelecendo uma zona de exclusão aérea ou aumentando as interceptações inseguras de navios e aeronaves dos EUA e aliados na região do Pacífico.

    A CNN informou na semana passada que Milley ordenou uma revisão abrangente das interações militares dos EUA com as forças chinesas nos últimos cinco anos, à medida que as preocupações sobre o comportamento assertivo de Pequim na região do Indo-Pacífico aumentam.

    Ao lançar a revisão, o general está buscando obter uma compreensão detalhada de todas as interações entre as duas forças armadas, especialmente aquelas que possam ser consideradas “inseguras” ou “não profissionais” devido a aeronaves ou navios chineses operando muito perto de ativos militares dos EUA.

    Autoridades dizem à CNN que o objetivo é ter uma visão sólida de quaisquer mudanças nos padrões de atividade militar chinesa. As interações entre os dois militares são tão sensíveis que os incidentes muitas vezes não são divulgados.

    Por exemplo, em junho, um avião de transporte C-130 operado por forças especiais dos EUA teve algum tipo de encontro com aeronaves chinesas, mas o Pentágono não reconheceu publicamente o incidente.

    Tela em restaurante de Pequim mostra reunião virtual entre presidentes dos Estados Unidos, Joe Biden, e da China, Xi Jinping / Reuters

    Em um dos incidentes recentes mais graves, o governo australiano disse em fevereiro que um navio de guerra chinês supostamente usou um laser para “iluminar” um jato da Força Aérea Australiana no que Canberra classificou como “grave incidente de segurança”.

    “Atos como esse têm o potencial de colocar vidas em risco”, disse a Força de Defesa Australiana em comunicado, acrescentando que condena fortemente a “conduta militar não profissional e insegura”. Pilotos alvos de ataques a laser no passado relataram flashes desorientadores, dor, manchas em sua visão e até cegueira temporária.

    No mês passado, o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, criticou uma série de ações “coercitivas, agressivas e perigosas” de Pequim que ameaçam a estabilidade na Ásia e prometeu que os americanos apoiariam seus parceiros para resistir a qualquer pressão.

    “Os países do Indo-Pacífico não devem enfrentar intimidação política, coerção econômica ou assédio por milícias marítimas”, disse Austin em um discurso no Shangri-La Dialogue, a principal conferência de defesa da Ásia.

    A China insiste que seus militares são defensivos.

    “O desenvolvimento da defesa nacional da China visa atender às suas legítimas necessidades de segurança e contribuir para o crescimento das forças pacíficas do mundo”, afirma o principal documento de defesa do país, atualizado em 2019. “A China nunca ameaçará nenhum outro país ou buscará qualquer esfera de influência.”

    Os EUA, por sua vez, parecem estar intensificando suas operações no Mar da China Meridional. Um navio de guerra da Marinha americana navegou pelo Estreito de Taiwan na última terça-feira (19), a terceira vez em uma semana que a embarcação entrou em águas reivindicadas pela China.

    Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.

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