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    México registra recorde de mortes por Covid-19 e presidente fala em ‘psicose’

    País supera a marca de mil mortes por dia e López Obrador afirma que dados refletem ‘ajuste’ na contagem das mortes

    Raúl Cortés Fernández, da Reuters

    O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, pediu nesta quinta-feira (04) que não haja “psicose” ou “medo” entre a população depois que o país registrou na véspera um novo recorde diário de mortes relacionados ao coronavírus, garantindo que o aumento ocorreu devido a uma atualização de óbitos não registrados anteriormente.

    Na quarta-feira, na entrevista coletiva diária para atualizar os dados da epidemia no país, as autoridades de saúde do México informaram que foram registradas 1.092 novas mortes, totalizando 11.729 óbitos, e 3.912 novos infectados, elevando o número total para 101.238.

    “Isso aconteceu porque foi feito um ajuste nas mortes que ocorreram anteriormente e que não foram registradas ou não foram regulamentadas, e houve esse processo de atualização. Mas isso não significa que 1.000 pessoas morreram em um dia”, disse López Obrador nesta quinta-feira.

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    “Que não haja psicose, não haja medo, e que, ao mesmo tempo, não prestemos atenção ao sensacionalismo”, acrescentou, rejeitando críticas à estratégia do governo.

    Nesta semana, apesar da epidemia não ter diminuído, o México começou a retomar a atividade em alguns setores considerados essenciais após dois meses de confinamento. A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) pediu ao México que não reabrisse os negócios “imediatamente”, alertando que a transmissão poderia ser acelerada.

    “Não é Nova York, é diferente”, disse o presidente, comparando a capital mexicana com a cidade mais atingida pelo vírus nos Estados Unidos. “Espero que acalme, que a pandemia continue a declinar. Se esse não for o caso, tomaremos as medidas necessárias”.

    O México ocupa o sétimo lugar no mundo em termos de mais mortes relacionadas ao coronavírus, segundo uma contagem da Reuters, e o subsecretário de Saúde do país, Hugo López-Gatell, admitiu que o total de óbitos pode chegar a 30.000.

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