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    Metade das publicações sobre Holocausto no Telegram negam ou distorcem fatos, diz ONU

    Pesquisa analisou 4 mil publicações sobre o Holocausto em cinco plataformas, e concluiu que há negação ou distorção em 19% no Twitter, 17% no TikTok, 8% no Facebook e 3% no Instagram

    Sarah Morlandda Reuters

    Cerca de metade do conteúdo público relacionado ao Holocausto no serviço de mensagens Telegram nega ou distorce os fatos sobre a morte de 6 milhões de judeus europeus, de acordo com um novo estudo da agência cultural das Nações Unidas.

    O relatório da UNESCO concluiu que 80% das mensagens de língua alemã sobre o genocídio cometido por nazistas durante a Segunda Guerra Mundial nega ou distorce os fatos, e o mesmo é verdadeiro para 50% das publicações em línguas inglesa e francesa sobre o Holocausto.

    A pesquisa analisou 4 mil publicações relacionadas ao Holocausto em cinco importantes plataformas de redes sociais, e concluiu que há negação ou distorção em 19% do conteúdo no Twitter, 17% no TikTok, 8% no Facebook e 3% no Instagram.

    O relatório definiu como distorção as publicações que celebram o genocídio, difamam ou culpam suas vítimas, e as igualam a outros eventos, como a política de Israel em direção aos palestinos, ou omitem fatos sobre os perpetradores nazistas e seus colaboradores.

    Perguntado sobre o relatório, um porta-voz do Telegram disse: “O Telegram é uma plataforma de livre discurso na qual as pessoas são bem-vindas a expressar pacificamente suas opiniões, incluindo aquelas com as quais não concordamos”.

    O porta-voz afirmou que as publicações que glorificam ou encorajam a violência ou seus perpetradores são proibidas e removidas por moderação ou denúncias de usuários.

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