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    Mercosul discute proposta argentina e diz que seguirá unido

    Brasil, Paraguai e Uruguai continuarão em negociação comercial com o governo de Alberto Fernández

    André Spigariol e Diego Rezende da CNN , de Brasília e Buenos Aires

    Após idas e vindas da Argentina, que ameaçou abandonar as negociações de acordos de livre comércio do Mercosul com outros países, os quatro sócios do bloco concordaram nesta quinta-feira (7) em negociar conjuntamente acordos comerciais. O anúncio foi feito pelo governo paraguaio, que atualmente preside o bloco, após reunião entre representantes de Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai.

    No encontro, realizado por videoconferência, Brasil, Paraguai e Uruguai analisaram a proposta entregue pela Argentina na última terça-feira (5), quando o governo de Alberto Fernández pediu para participar das negociações a um ritmo menor e com a possibilidade de adotar medidas de proteção à sua indústria.

    À CNN, fontes no governo argentino se dizem otimistas com a continuidade das tratativas, condicionadas ao atendimento das exigências feitas por Buenos Aires.

    Na próxima terça-feira (12), o bloco terá uma nova reunião para continuar discutindo o assunto. De acordo com fontes diplomáticas ouvidas pela CNN, o Brasil levantou dúvidas sobre a proposta argentina e ainda está estudando qual será sua posição com relação ao prosseguimento das negociações comerciais do Mercosul.

    Quanto às negociações em curso, os argentinos alegam preocupação com o setor de bens manufaturados, especialmente no acordo que está sendo negociado com a Coreia do Sul. A Casa Rosada é pressionada por empresários da indústria eletroeletrônica e automotiva, que temem pelos prejuízos que podem sofrer em consequência da concorrência com produtos importados.

    O bloco negocia ainda acordos de livre comércio com Canadá, Cingapura e Líbano.  Os quatro países avaliam ainda a abertura de negociações com outros parceiros, como Índia, Indonésia, América Central e Vietnã.

    Nesta quinta-feira, o governo argentino comunicou que a Universidade de Buenos Aires conduzirá análises de impacto sobre a sua economia quanto aos acordos que estão sendo negociados. Fontes ouvidas pela CNN avaliam que as condições impostas pela Casa Rosada podem atrasar os acordos, cujos cronogramas já foram impactados pela pandemia do novo coronavírus.

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