Membros de grupo religioso são presos por abuso e assassinato de sul-coreana nos EUA
Seis pessoas são acusadas de matar mulher na faixa dos 20 ou 30 anos, encontrada desnutrida em porta-malas de carro na terça-feira (12)
Seis pessoas que se identificaram como membros de um grupo religioso chamado “Soldados de Cristo” foram presas em conexão com a morte de uma mulher sul-coreana que foi espancada e passou fome na Geórgia, nos EUA, segundo as autoridades.
A vítima era uma mulher na faixa dos 20 ou 30 anos e pesava aproximadamente 30 kg quando foi descoberta na noite de terça-feira (12) no porta-malas de um carro estacionado em frente à Jeju Sauna, um popular spa sul-coreano localizado em Duluth, cerca de 40 quilômetros ao norte de Atlanta, informou o Departamento de Polícia do Condado de Gwinnett em um comunicado à imprensa.
A população de Duluth é quase um quarto asiática, de acordo com o Escritório do Censo americano.
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O escritório do médico legista acredita que a desnutrição pode ser um fator que contribuiu para a morte da mulher, mas a causa exata da morte ainda está sob investigação, segundo a polícia.
Acredita-se que a mulher tenha sido vítima de espancamentos e desnutrição durante semanas, disse o departamento. Os detetives acreditam que a mulher se mudou da Coreia do Sul para os Estados Unidos durante o verão deste ano “com o propósito de ingressar em uma organização religiosa”, disse a agência.
Policiais encontraram a mulher no porta-malas de um carro depois que um dos suspeitos, Eric Hyun, de 26 anos, deixou seu carro em um estacionamento e foi pego por um membro da família, disse a polícia.
Mais tarde, Hyun pediu a um membro de sua família que recuperasse algo em seu veículo onde a mulher estava mantida. Quando o membro da família encontrou seu corpo no porta-malas, ligou para a emergência, disse o departamento.
As autoridades então realizaram uma busca em uma casa associada ao veículo, onde alegam que o corpo da mulher foi encontrado.
A polícia afirma que os “Soldados de Cristo” espancaram e mantiveram a vítima em casa até à sua morte, mas não especificou quando a mulher provavelmente morreu.
Além de Hyun, os suspeitos foram identificados pela polícia como Gawom Lee, 26; João Lee, 26; Hyunji Lee, 25; e Juoonhyum Lee, 22. Um dos indivíduos presos tem 15 anos, disse a polícia.
Todos eles enfrentam acusações de homicídio doloso, cárcere privado, adulteração de provas e ocultação da morte de outra pessoa, segundo a polícia.
A CNN não conseguiu identificar os advogados dos seis suspeitos para comentar.
O consulado sul-coreano em Atlanta não quis comentar o caso quando contatado pela CNN.
Um dos suspeitos é um cidadão sul-coreano que está visitando o país com visto, disseram as autoridades, enquanto os outros são cidadãos americanos.
A polícia divulgou fotos do porão que parecem mostrar um depósito com roupas sujas e outros suprimentos bem arrumados nas prateleiras. O carpete da sala apresenta grandes manchas de sangue, que foram ocultadas nas fotos fornecidas pelo departamento.
As autoridades não divulgaram o nome da vítima, aguardando a notificação de sua morte à sua família na Coreia do Sul.