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    Melania Trump volta ao palco da Convenção Republicana para apagar trauma de 2016

    Depois de ser constrangida por plágio a discurso de Michelle Obama, ela quer discurso 'positivo e edificante' -- mas volta a dispensar ajuda profissional

    A primeira-dama dos EUA, Melania Trump
    A primeira-dama dos EUA, Melania Trump Foto: Jonathan Ernst - 4.fev.2020/Reuters

    Guilherme Venaglia, da CNN, em São Paulo

    A Convenção Nacional Republicana chega à segunda noite nesta terça-feira (25), mantendo o protagonismo da figura do presidente Donald Trump e seus familiares. Desta vez, a primeira-dama, Melania Trump, e dois filhos do presidente, Eric e Tiffany Trump, sobem ao palco.

    A esposa de Trump quer apagar as más lembranças de quatro anos atrás, quando ela fez um discurso lembrado até hoje por ter frases plagiadas do discurso de Michelle Obama durante a Convenção Democrata de 2008.

    Se diferenciando de outros oradores, Melania discursará para uma pequena plateia, de cerca de 50 pessoas, nos jardins da Casa Branca. Acompanhando a fala da primeira-dama, estarão Donald Trump, o vice-presidente, Mike Pence, e a esposa dele, Karen Pence.

    Apesar do trauma de 2016, quando escreveu sua fala junto com um funcionário das empresas de Trump, a primeira-dama optou, mais uma vez, por não contar com uma equipe profissional para a redação de discursos, definindo o roteiro com seus assessores diretos.

    O discurso não foi analisado por ninguém do staff do presidente Trump, confirmou à CNN a chefe de gabinete de Melania, Stephanie Grisham. De acordo com Grisham, o discurso será “positivo e edificante” e “muito voltado para o futuro”.

    A chefe de gabinete diz que esse deve ser um dos discursos mais longos de Melania Trump desde a entrada do marido na política e vai repassar as experiências que viveu nos últimos três anos e meio como primeira dama, com algumas brincadeiras.

    O Partido Republicano busca, nesta semana, reforçar o discurso de que as críticas feitas durante a Convenção Democrata são “pessimistas” ou “mal-humoradas” e que a campanha de Trump é patriota e otimista com realação ao futuro do país.

    Mike Pompeo

    A política externa volta a ser destaque com a fala do secretário de Estado, Mike Pompeo, em evento que muda diversos precedentes recentes.

    Secretários de Estado, cargo que comanda a diplomacia americana, não costumam participar de eventos políticos, tampouco discursar sobre assuntos locais quando estão fora do país. 

    Pompeo, contrariando esse precedente, vai discursar na Convenção Republicana, por meio de uma fala pré-gravada em Jerusalém, onde se encontra.

    Um porta-voz do Departamento de Estado disse à CNN que Mike Pompeo vai falar em caráter pessoal e que a sua participação na convenção não provocará gastos para o governo americano.

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    O secretário de Estado deve discursar em torno de quatro minutos, com a intenção de listar o que o governo Trump vê como conquistas na seara externa, incluindo a postura mais dura contra a China – entregando uma política mais presente no Oriente Médio –, o fortalecimento da Otan e as relações diplomáticas com a Coreia do Norte.

    Na segunda-feira (24), os dois principais oradores da noite afirmaram que uma eventual vitória do democrata Joe Biden seria negativa para os interesses globais do Estados Unidos.

    O empresário Donald Trump Jr., filho do atual presidente, associou Biden à China e fez pregação anticomunista, apontando interesses do Partido Comunista Chinês na candidatura democrata.

    Já Nikki Haley, ex-embaixadora dos EUA na ONU, disse que Trump endureceu com governos estrangeiros hostis ao país e colocou “os Estados Unidos em primeiro lugar”. “Em sua administração, ele fez o que Obama e Biden não fizeram: nos ergueu contra nossos inimigos”, disse Haley.

    (Com informações de Kate Bennet e Maegan Vazquez, da CNN)