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    Melania Trump cita infância em ‘país comunista’ e ‘sonho americano’ em convenção

    Nesta terça-feira (25), ela encerrou a segunda noite do evento que formalizou a candidatura de seu marido, Donald Trump, à reeleição

    Diego Freire, , da CNN, em São Paulo

    Em discurso que encerrou a segunda noite da Convenção Nacional Republicana, a primeira-dama Melania Trump, falou sobre o “privilégio” de se viver nos Estados Unidos e destacou o quanto sonhou em se mudar para o país durante sua infância na Eslovênia — então “com domínio comunista”, como ela enfatizou. Ao contrário de outros oradores republicanos, Melania evitou fazer críticas diretas ao candidato democrata Joe Biden, mas citou em diversos momentos “ataques da imprensa” e “fofocas” contra Donald Trump.

    A primeira-dama descreveu seu marido como um político não convencional que “fala o que tem que falar e cobra resultados”. Pedindo união aos americanos — e, inclusive, dizendo que foi inspirador ver o país “se unindo” durante a pandemia — agradeu àqueles que em 2016 “se arriscaram a votar em um empresário que nunca havia sido um político” e afirmou que Trump tem hoje “a mesma energia e entusiasmo” da primeira eleição.

    Antes de sua fala, muito se comentou sobre o discurso anterior de Melania, em 2016, considerado um “trauma“. Na ocasião, a ex-modelo enfrentou acusações de ter plagiado frases do discurso de Michelle Obama durante a Convenção Democrata de 2008.

    Nesta terça-feira, ela discursou para uma pequena plateia, de cerca de 50 pessoas, nos jardins da Casa Branca. A transmissão mostrou Donald Trump chegando momentos antes do início da fala. 

     

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    ‘Sonho americano’

    “Ao crescer na Eslovênia, com domínio comunista, eu sempre ouvia falar dos Estados Unidos, um lugar de oportunidades”, disse Melania pouco após a exibição de um vídeo que mostrou um pouco de sua trajetória pessoal.

    “O trabalho duro e a dedicação permitiu que eu conquistasse o sonho americano. Como imigrante e mulher independente eu entendo o privilégio que é viver aqui”, completou.

    Melania descreveu sua alegria ao obter a cidadania americana e em diversos momentos se disse honrada por ser primeira-dama do país. “É a maior honra de minha vida servir a vocês”, afirmou.

    Com orgulho, a primeira-dama valorizou o fato de ser mulher e imigrante e ter tido oportunidades para “prosperar” no país.

    “Devemos nos assegurar de que as mulheres serão ouvidas e o sonho americano seguirá prosperando”, comentou, no momento em que fez menção aos 100 anos da emenda que permitiu o voto às mulheres nos Estados Unidos.

    Falas dirigidas às mães e famílias

    Em todo o seu discurso, a primeira-dama não proferiu ataques diretos à candidatura democrata e fez questão de deixar essa postura clara: “não quero usar meu tempo para atacar o outro lado. Isso só nos divide”.

    Sua fala, porém, foi repleta de menções a “ataques” contra Trump, em alguns momentos criticando a imprensa.

    “Tantas vezes as notícias são repletas de fofocas e peço à mídia que trabalhe mais firmemente em questões como as drogas. O vício está em todos os lugares”, comentou.

    Se dirigindo em algumas de suas passagens “às famílias” e “às mães americanas”, Melania abordou temas como o combate às drogas e o “perigo das redes sociais para crianças”. 

    “No meu marido vocês têm um presidente que não vai deixar de lutar por você e sua família”, declarou a primeira-dama. “Assim como vocês lutam por sua família, meu marido, eu e as pessoas do governo estamos lutando por vocês. Não importa os ataques que sofremos, Donald Trump nunca vai perder o foco em vocês”, acrescentou.

     

    ‘Trump fala o que tem que falar’

    “Parece que foi ontem que estávamos em nossa primeira convenção, na qual meu marido aceitou a nomeação do Partido Republicano. Ele tinha a energia e o entusiasmo para liderar a nação. Hoje é como há quatro anos”, lembrou Melania, que descreveu Donald Trump como um político não convencional, que “fala o que tem que falar e cobra resultados”.

    “Donald é um marido que me apoia em tudo que eu faço. Ele conseguiu colocar mulheres em seu governo em posições de liderança. Sabe olhar para prioridades e abraça diferentes pontos de vista. Pensa fora da caixa quando necessário”.

    A primeira-dama exaltou Donald e agradeu àqueles que votaram em seu marido em 2016 e que “confiam nele novamente”.

    “Não esquecemos das pessoas incríveis que se arriscaram a votar em um empresário que nunca havia sido um político”.

     

    ‘Donald não vai descansar até conter a Covid-19’

    Melania não abordou de forma significativa alguns dos temas mais recorrentes das convenções partidárias, como crise econômica e política externa do país. A respeito dos crescentes movimentos por justiça racial nos Estados Unidos, fez uma breve referência lamentando a escravidão. Ela, porém, dedicou uma importante parte de seu discurso para falar sobre a pandemia de Covid-19.

    “Desde março nossas vidas mudaram. O inimigo invisível nos impactou, portanto eu ofereço minha solidariedade a todos que perderam uma pessoa amada”, comentou a primeira-dama no início de seu discurso.

    “Sei que muitas pessoas estão ansiosas (pelo fim da pandemia) e algumas se sentem desamparadas. Quero dizer a vocês que não estão sozinhos, o governo do meu marido não vai parar até chegar uma vacina”, afirmou. “Ele não vai descansar até cuidar de todos”.

    A primeira-dama agradeceu aos profissionais da linha de frente no combate à doença e saudou o quanto os americanos “se uniram” contra o novo coronavírus. 

    “Foi inspirador ver o que as pessoas fazem umas pelas outras, especialmente quando estamos mais frágeis”, afirmou. 

     

     

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