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    Biden anuncia medida para limitar pedidos de asilo na fronteira com o México

    Ações executivas entrarão em vigor à meia-noite desta quarta-feira (5), segundo Casa Branca

    O presidente dos EUA, Joe Biden, faz comentários sobre o Oriente Médio na Casa Branca, em Washington
    O presidente dos EUA, Joe Biden, faz comentários sobre o Oriente Médio na Casa Branca, em Washington 31/05/2024REUTERS/Evelyn Hockstein

    Da CNN

    O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou nesta terça-feira (4) novas ações executivas para limitar o acesso ao asilo para imigrantes que cruzam a fronteira entre Estados Unidos e México ilegalmente.

    Segundo uma proclamação presidencial da Casa Branca, essas medidas entrarão em vigor à meia-noite desta quarta-feira (5).

    A nova ação executiva deve limitar o número de pedidos de asilo a 2.500 pessoas por dia. A partir do momento que a quantidade de entradas ilegais na fronteira superar este índice, a fronteira será fechada temporariamente.

    Ela só será reaberta quando a busca diária por asilo por imigrantes cair para 1.500.

    Assim, a menos que as pessoas se enquadrem em certas isenções, elas serão mandadas de volta para o México ou enviadas ao seu país de origem.

    O comunicado da Casa Branca ressalta que as medidas “facilitarão a remoção por agentes de imigração daqueles que não têm base legal para permanecer e reduzirão a carga sobre nossos agentes da Patrulha de Fronteira”.

    “Essas ações entrarão em vigor quando altos níveis de encontros na Fronteira Sul excederem nossa capacidade de gerar consequências oportunas, como é o caso hoje”, adicionaram.

    Republicanos “não deixaram escolha”

    Segundo Biden, os republicanos “não deixaram escolha” após barrarem um projeto de lei bipartidário sobre o assunto, que não passou no Senado pela segunda vez no final do mês passado.

    “Estou superando a obstrução republicana e, normalmente, as autoridades executivas me disponibilizam como presidente para fazer o que puder por conta própria para lidar com a fronteira”, explicou Biden.

    Ele criticou os legisladores por não conseguirem avançar em um acordo bipartidário de fronteira, dizendo que preferiria lidar com a questão com um acordo entre os partidos Democrata e Republicano.

    “Vim aqui hoje para fazer o que os republicanos no Congresso se recusaram a fazer”, destacou.

    “Nunca demonizarei imigrantes”, diz Biden

    Joe Biden também citou a importância da imigração nos Estados Unidos, apontando para as raízes do país e atacando Donald Trump.

    “A imigração sempre foi a força vital da América”, afirmou.

    Agentes do Instituto Nacional de Migração (INM), do México, realizam operação às margens do Rio Bravo, na fronteira entre México e EUA, em Cidade Juarez / 05/10/2023 REUTERS/Jose Luis Gonzalez

    “Eu nunca demonizarei os imigrantes. Nunca me referirei aos imigrantes como envenenadores do sangue de um país. Além disso, nunca separei crianças de suas famílias na fronteira”, comentou Biden, citando falas de Donald Trump e ações que o ex-presidente disse que executaria se for eleito.

    O democrata enfatizou a importância de fornecer às pessoas um caminho para a cidadania dos EUA, mas ressaltou que para “proteger a América como uma terra que acolhe imigrantes, você deve primeiro proteger a fronteira e protegê-la agora”.

    Críticas dos dois lados

    As pesquisas eleitorais mostraram que a imigração é uma questão-chave na eleição e uma fraqueza para Biden, com muitos eleitores e políticos culpando o democrata pelos níveis recordes de imigrantes na fronteira.

    A ação executiva também enfrentou críticas de membros da Convenção Hispânica do Congresso dos EUA. Alguns integrantes da convenção argumentaram que o presidente também deveria expandir os caminhos legais para a cidadania americana.

    Além disso, os republicanos criticaram Biden por não agir antes para lidar com a crise migratória.

    Em uma tentativa de apaziguar as críticas, Biden afirmou: “Nas próximas semanas, falarei sobre como podemos tornar nosso sistema de imigração mais justo e mais justo”.