María Corina Machado pede que apoiadores fiquem nos centros de votação “até ao fim”
"Todos nós ficaremos nos centros de votação até que os votos sejam contados e as atas sejam obtidas", disse a oposicionista
A oposicionista María Corina Machado pediu que seus apoiadores permaneçam “até o fim” para fazer “prevalecer a verdade e respeitar a soberania popular”.
“Isso significa que todos nós ficaremos nos centros de votação até que os votos sejam contados e as atas sejam obtidas”, assegurou.
Venezolanos, esto es hasta el final. Eso significa quedarnos todos en los centros de votación hasta contar los votos y obtener las actas.
Haremos prevalecer la verdad y respetar la Soberanía Popular.— María Corina Machado (@MariaCorinaYA) July 29, 2024
Vários líderes da oposição venezuelana que apoiam o candidato presidencial Edmundo González falaram em supostas irregularidades no processo de transmissão de dados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) após o fim da votação na eleição presidencial.
Segundo Delsa Solórzano, presidente do partido Encuentro Ciudadano, o CNE não permitiu o acesso às testemunhas da oposição na sede de Caracas e, através dos seus operadores, interrompeu a transmissão dos resultados dos centros de votação ao Conselho onde devem ser recolhidos e contabilizados os resultados.
“As testemunhas não foram autorizadas a entrar no CNE. Há um número significativo de centros de votação onde estão removendo as nossas testemunhas. E isso é um padrão”, disse Solórzano. “Pararam a transmissão dos resultados”, insistiu.
Solórzano disse que tentaram comunicar com o CNE e não obtiveram resposta, e que denunciaram estas ações à comunidade internacional.
O CNE não divulgou os resultados eleitorais do dia para eleger um novo presidente. Também não comentaram as queixas da oposição.
A CNN tenta contatar o CNE para comentar o assunto.
Pedido
“Quero reiterar às nossas testemunhas de mesa que não abandonem os centros de votação até que tenham os autos em mãos”, disse Delsa Solórzano, principal representante do candidato de oposição a Nicolás Maduro, Edmundo González Urrutia, perante o CNE.
“Hoje, a Venezuela já sabe o que aconteceu. E o que aconteceu nada mais é do que o espelho de uma campanha eleitoral maravilhosa, acompanhada por milhões de pessoas”, acrescentou Solórzano. “O que aconteceu é que a Venezuela hoje pode celebrar o exercício da democracia em paz.”
“No entanto, parece que há quem não queira que isso aconteça, como fizeram no passado”, completou Solórzano, que também preside o partido Encuentro Ciudadano.
“A vontade dos cidadãos foi expressa”, disse, acrescentando: “Vamos defender os direitos e a vontade dos cidadãos”.