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    Manifestantes invadem prédio da embaixada sueca em Bagdá

    Integrantes do protesto teriam ateado fogo ao edifício, localizado na capital do Iraque; ação é protesto ao fato de um homem ter ateado fogo ao Alcorão em Estocolmo, no mês passado

    Da CNN

    Centenas de manifestantes invadiram a embaixada sueca em Bagdá nas primeiras horas da manhã de quinta-feira (noite de quarta-feira no horário de Brasília) e a incendiaram, disse uma fonte familiarizada com o assunto e uma testemunha da Reuters. 

    A fonte disse que nenhum funcionário da embaixada foi ferido e se recusou a dar mais detalhes. Funcionários da embaixada sueca em Bagdá não responderam imediatamente aos pedidos de comentários. 

    A embaixada vem sendo alvo de diversos protestos desde o dia 29 de junho. As ações ocorrem em protesto ao governo sueco, que teria permitido que um homem queimasse o Alcorão do lado de fora de uma mesquita em Estocolmo. A maior parte dos manifestantes querem que a Suécia desmonte sua embaixada da capital iraquiana.

    O protesto foi convocado por apoiadores do clérigo xiita Muqtada Sadr antes da esperada queima do livro sagrado muçulmano, o Alcorão, na Suécia – que no passado levou a protestos generalizados e condenações em nações de maioria muçulmana. 

    Uma série de vídeos postados pelo One Baghdad, um popular canal do Telegram que apoia Sadr, mostrou pessoas se reunindo em torno da embaixada por volta da 1h da manhã de quinta-feira (22h GMT de quarta-feira) e invadindo o complexo da embaixada cerca de uma hora depois. 

    Vídeos posteriores mostraram fumaça saindo de um prédio no complexo da embaixada. A Reuters não pôde verificar de forma independente a autenticidade dos vídeos. 

    Não ficou imediatamente claro se havia alguém dentro da embaixada no momento do ataque.  

    Atos anteriores

    Nas manifestações anteriores, os participantes atearam fogo a uma bandeira com as cores do arco-íris representando a comunidade LGBT e muitos seguraram o Alcorão e retratos do populista xiita iraquiano clérigo Moqtada al-Sadr e gritaram “sim, sim ao Alcorão”.

    Em sua licença para a manifestação de quarta-feira, a polícia sueca disse que, embora “possam ter consequências na política externa”, os riscos de segurança e as consequências ligadas à queima do Alcorão não eram de tal natureza que o pedido deva ser rejeitado.

    Após o incêndio, a polícia sueca acusou o homem que o executou de agitação contra um grupo étnico ou nacional.

    Sadr convocou seus seguidores a manter o protesto e exigir a expulsão do embaixador sueco, o corte de relações com a Suécia e a continuar queimando a bandeira LGBT até o oitavo dia do mês lunar de Muharram porque “é o que mais os irrita “, disse em comunicado.

    “O embaixador deve ir e… a embaixada não deve ficar no Iraque de jeito nenhum…”, disse o manifestante Moamal Abbas.

    (Publicado por Fábio Mendes, com informações da Reuters)

     

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