Mais de mil pessoas foram presas na Venezuela, segundo ONG
Protestos eclodiram no país após resultado da eleição presidencial
Pelo menos 1.010 pessoas foram presas na Venezuela, 91 delas menores de idade, segundo informou a organização não governamental, Foro Penal, nesta segunda-feira (5). A organização registrou prisões em todos os 23 estados do país.
Caracas e os estados de Carabobo e Anzoátegui foram registrados o maior número de prisões, segundo o Foro Penal.
Depois de uma semana de tensão sobre os resultados da eleição presidencial no país, a polarização política tem se expressado nas ruas de várias cidades da Venezuela, com registros de episódios de violência e mortes.
Na semana passada, o procurador-geral, Tarek William Saab, informou que, preliminarmente, 1.062 pessoas foram detidas na sequência dos protestos registados após as eleições presidenciais de 28 de julho.
Maduro disse a apoiadores no sábado (3) que cerca de 2.000 pessoas foram presas durante os protestos. A Human Rights Watch, com sede nos EUA, informou que pelo menos 20 pessoas foram mortas.
O presidente venezuelano foi reeleito para um terceiro mandato nas eleições do último domingo (28), segundo o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela. Contudo, a oposição e diversos países contestam o resultado enquanto os registros oficiais de votação não foram apresentados.