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    Mais de 8.500 crianças foram usadas como soldados em 2020, aponta ONU

    Maior parte das violções aconteceram na Somália, República Democrática do Congo, Afeganistão, Síria e Iêmen

    Crianças são usadas como soldados no Congo
    Crianças são usadas como soldados no Congo Foto: Thomas Mukoya/Reuters (14.mar.2018)

    Reuters

    Mais de 8.500 crianças foram usadas como soldados no ano passado em vários conflitos pelo mundo, e outras quase 2.700 foram mortas, afirmou a Organização das Nações Unidas nesta segunda-feira (21). 

    O relatório anual do secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, ao Conselho de Segurança da ONU sobre crianças e conflitos armados abrange assassinatos, mutilações e abuso sexual de crianças, além da abdução ou recrutamento, negação de acesso à atendimento de saúde e ataques a escolas e hospitais.

    O documento apontou que violações foram cometidas contra 19.379 crianças em 21 conflitos. A maioria das violações em 2020 foi cometida na Somália, República Democrática do Congo, Afeganistão, Síria e Iêmen.

    De acordo com o relatório, 8.521 crianças foram utilizadas como soldados no ano passado, enquanto outras 2.674 crianças foram assassinadas e 5.748 ficaram feridas em diversos conflitos. 

    O documento também inclui uma lista negra que tem a intenção de constranger as partes em conflitos com a esperança de puni-las para implementar medidas para proteger crianças. A lista tem sido objeto de polêmica, com diplomatas afirmando que a Arábia Saudita e Israel fizeram pressão nos últimos anos para ficar de fora dela. 

    Israel nunca figurou na lista, enquanto a coalizão militar liderada pelos sauditas foi removida da lista em 2020 anos após ter sido apontada e constrangida por causar mortes e ferir crianças no Iêmen.

    Em uma iniciativa para atenuar as controvérsias em torno do relatório, a lista publicada em 2017 por Guterres foi dividida em duas categorias. Uma delas lista as partes que colocaram em vigor medidas para proteger crianças e a outra inclui partes que não tomaram nenhuma atitude.

    Houve poucas mudanças significativas nas listas publicadas na segunda. O único estado listado por não estabelecer medidas é o Exército de Mianmar –por mortes, mutilações e violência sexual contra crianças — e as forças governamentais da Síria –pelo recrutamento de crianças, mortes e violência sexual contra crianças, e ataques a escolas e hospitais.