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    Mais de 8 mil foram mortos durante cerco a Mariupol em 2022, diz Human Rights Watch

    A Ucrânia afirmou que dezenas de milhares de pessoas foram mortas, mas argumentou que não pode fornecer um número exato sem acesso à cidade, agora sob controle russo

    Reuters

    Pelo menos 8.000 pessoas morreram em combates ou por causas relacionadas à guerra durante os meses de conquista de Mariupol pelos russos, uma das maiores batalhas da guerra de quase dois anos entre a Rússia e a Ucrânia, informou a Human Rights Watch.

    Mariupol tornou-se sinônimo de horror durante o cerco russo de quase três meses pelo controle da estratégica cidade portuária entre março e maio de 2022, com civis, confinados, forçados a enterrar seus mortos à beira da estrada.

    Baseada em imagens de satélite e outras imagens de sepulturas, a avaliação da Human Rights Watch é uma das únicas estimativas independentes do número de mortos até o momento.

    A Ucrânia afirmou que dezenas de milhares de pessoas foram mortas, mas argumentou que não pode fornecer um número exato sem acesso à cidade, agora sob controle russo.

    As Nações Unidas, que têm monitores de direitos humanos em campo na Ucrânia, documentaram até agora mais de 10.000 mortes de civis no país em geral desde a invasão russa, mas afirmam que ainda não puderam corroborar os relatos de mortes de civis em Mariupol devido a restrições de acesso.

    A Rússia tem negado veementemente que esteja cometendo atrocidades ou alvejando civis na Ucrânia.

    A Human Rights Watch disse que o total pode ser significativamente maior do que sua estimativa, uma vez que alguns túmulos podem conter vários corpos e algumas sepulturas podem não ter sido identificadas.

    O relatório completo de 224 páginas “Our City Was Gone: Russia’s Devastation of Mariupol, Ukraine” (Nossa cidade desapareceu: a devastação russa de Mariupol, Ucrânia), compilado com a ONG Truth Hounds e o escritório de arquitetura SITU, também se baseia em cerca de 240 entrevistas com residentes de Mariupol, em sua maioria desabrigados.

    O relatório nomeia 10 pessoas com “responsabilidade de comando” que deveriam, segundo o documento, ser foco de possíveis investigações de crimes de guerra.

    (Reportagem de Emma Farge; Reportagem adicional de Thomas Balmforth)

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