Mais de 150 mil pessoas fugiram da Ucrânia, diz comissário da ONU para refugiados
Segundo a organização, o maior fluxo de refugiados é em direção à Polônia, mas há muitas pessoas indo para a Hungria, Moldávia e Romênia
O alto comissário da Organização das Nações Unidas (ONU) para Refugiados, Filippo Grandi, disse no sábado (26) que mais de 150 mil pessoas foram forçadas a fugir da violência russa na Ucrânia.
“Mais de 150.000 refugiados ucranianos já cruzaram a fronteira para países vizinhos, metade deles para a Polônia e muitos para a Hungria, Moldávia, Romênia e além”, afirmou.
“O deslocamento na Ucrânia também está crescendo, mas a situação militar torna difícil estimar números e fornecer ajuda”, acrescentou Grandi pelo Twitter.
Displacement in Ukraine is also growing but the military situation makes it difficult to estimate numbers and provide aid.
— Filippo Grandi (@FilippoGrandi) February 26, 2022
Entenda o conflito
Após meses de escalada militar e intemperança na fronteira com a Ucrânia, a Rússia atacou o país do Leste Europeu. No amanhecer desta quinta-feira (24), as forças russas começaram a bombardear diversas regiões do país – acompanhe a repercussão ao vivo na CNN.
Horas mais cedo, o presidente russo, Vladimir Putin, autorizou uma “operação militar especial” na região de Donbas (ao Leste da Ucrânia, onde estão as regiões separatistas de Luhansk e Donetsk, as quais ele reconheceu independência).
O que se viu a seguir, porém, foi um ataque a quase todo o território ucraniano, com explosões em várias cidades, incluindo a capital Kiev.
De acordo com autoridades ucranianas, dezenas de mortes foram confirmadas nos exércitos dos dois países.
Em seu pronunciamento antes do ataque, Putin justificou a ação ao afirmar que a Rússia não poderia “tolerar ameaças da Ucrânia”. Putin recomendou aos soldados ucranianos que “larguem suas armas e voltem para casa”. O líder russo afirmou ainda que não aceitará nenhum tipo de interferência estrangeira.
Esse ataque ao ex-vizinho soviético ameaça desestabilizar a Europa e envolver os Estados Unidos.