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    Mais de 130 agentes de prisões são mantidos reféns no Equador

    Pelo menos 125 guardas e 14 funcionários administrativos foram feitos reféns por detentos

    Forças Armadas do Equador
    Forças Armadas do Equador Reprodução/Twitter Forças Armadas Equador

    Da Reuters

    Mais de 130 agentes penitenciários e outros funcionários são mantidos como reféns por detentos, nesta quarta-feira (10), em pelo menos cinco prisões do Equador, país que está sofrendo com uma escalada de violência nos últimos dias.

    O presidente Daniel Noboa, que assumiu o cargo em novembro prometendo enfrentar um problema de segurança crescente causado pelas gangues de tráfico de drogas que transportam cada vez mais cocaína pelo país, nomeou na terça-feira (9) 22 gangues como organizações terroristas, tornando-as alvos militares oficiais.

    As tomadas de reféns, que começaram na madrugada de segunda-feira (8), e a aparente fuga da prisão do líder da gangue Los Choneros, Adolfo Macías, no fim de semana, levaram Noboa a declarar estado de emergência por 60 dias.

    Ele endureceu o decreto na terça-feira, após uma série de explosões em todo o país e a dramática tomada de uma estação de TV por homens armados durante uma transmissão ao vivo.

    O governo disse que a violência é uma reação ao plano de Noboa de construir uma nova prisão de alta segurança para os líderes de gangues.

    As autoridades falaram pouco sobre os reféns nas prisões, embora a agência prisional SNAI tenha dito que 125 deles são guardas, enquanto 14 são funcionários administrativos. Onze pessoas foram libertadas na terça-feira, segundo a agência.

    “A polícia nacional e as Forças Armadas estão trabalhando para proteger a integridade dos funcionários do serviço de segurança prisional que estão detidos”, disse o SNAI em uma mensagem aos jornalistas nesta quarta-feira. “Estamos aguardando informações oficiais sobre a situação.”

    Vídeos que circulam nas mídias sociais mostraram funcionários da prisão sendo submetidos a violência extrema, incluindo tiros e enforcamento. A Reuters não pôde verificar imediatamente a autenticidade dos vídeos.

    Quatro policiais, que as autoridades dizem ter sido sequestrados por criminosos entre segunda e terça-feira, também estão sendo mantidos reféns. Três outros policiais foram libertados no final da terça-feira.

    Houve 70 prisões desde segunda-feira em resposta a incidentes de violência, incluindo a tomada da estação de TV, informou a polícia na quarta-feira.

    A violência continuava em Guayaquil, a maior cidade do país, disse a polícia, acrescentando que estava identificando três corpos encontrados em um carro incendiado ao sul da cidade durante a noite.

    Dois policiais foram mortos por homens armados na terça-feira na província de Guayas, onde fica Guayaquil. A polícia não forneceu mais detalhes.

    As ruas de Quito e Guayaquil estavam calmas na manhã desta quarta-feira, com muitas empresas fechadas.

    A embaixada e os consulados chineses estarão temporariamente fechados, informou a China, um grande investidor no Equador.

    As escolas foram fechadas em todo o país, com as aulas sendo ministradas virtualmente. Os moradores disseram que a sensação era de um retorno aos confinamentos da pandemia.

    “É horrível, as ruas estão muito vazias”, disse o guarda Rodolfo Tuaz, de 40 anos, de Guayaquil “É um ambiente muito frio, como se houvesse uma nova Covid.”