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    Mais de 10.000 haitianos fugiram de ataques de gangues na última semana, diz ONU

    Grupos armados formaram uma aliança chamada de Viv Ansanm e tentam tomar o controle dos arredores da capital haitiana

    Sarah MorlandHarold Isaacda Reuters

    Mais de 10.000 pessoas foram deslocadas internamente no Haiti na última semana, à medida que gangues armadas que operam dentro e nos arredores da capital Porto Príncipe intensificam os ataques em áreas que ainda não controlam, segundo estimativas da agência de imigração da ONU, na quinta-feira (24).

    A agência havia dito, no início de setembro, que mais de 700.000 pessoas estavam deslocadas internamente no país caribenho, quase o dobro do número registrado seis meses antes.

    Na última semana, as gangues intensificaram os ataques em várias cidades perto da capital, onde grande parte do município e seus subúrbios estão sob o controle de vários grupos armados violentos unidos sob uma aliança comum conhecida como Viv Ansanm.

    O conflito está causando fome em parte da população, à medida que as gangues se apoderam das terras agrícolas e bloqueiam as rotas de transporte, enquanto as pessoas são forçadas a fugir de suas casas – muitas vezes para acampamentos improvisados – e não podem mais depender de uma renda estável para comprar alimentos.

    Embora a ONU tenha autorizado uma força internacional para ajudar a polícia haitiana a retomar o controle, a missão tem recebido poucos recursos e produzido poucos resultados.

    A liderança do Haiti solicitou que a força fosse convertida em uma missão formal de manutenção da paz para aumentar os recursos, uma iniciativa que foi bloqueada no mês passado pela China e pela Rússia.

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