Maduro pede que nova presidente do México crie “uma alternativa à direita”
Presidente da Venezuela também pediu que Claudia Sheinbaum ajude a fortalecer a Celac
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, pediu à candidata vencedora das eleições presidenciais mexicanas, Claudia Sheinbaum, para fortalecer a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) para criar no continente “uma alternativa à direita e ao neoliberalismo”.
A Celac é um mecanismo de coordenação regional criado em 2011 e integrado por 32 países.
O apelo de Maduro ocorreu um dia depois de resultados oficiais preliminares terem mostrado que Sheinbaum venceu as eleições de domingo (2).
Durante seu programa televisivo semanal, Maduro projetou a mensagem no X —antigo Twitter— com a qual felicitou a Sheinbaum por sua vitória, assim como o agradecimento que ela dirigiu a ele.
Além disso, Maduro disse que o resultado eleitoral no México é um triunfo sobre “a direita”. Ele acrescentou que espera trabalhar com Sheinbaum como pôde fazer com o presidente Andrés Manuel López Obrador, que termina o seu mandato em 30 de setembro.
“Tenho certeza de que continuaremos avançando como fizemos com o presidente López Obrador, no caminho do fortalecimento da Celac, a Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos; no caminho da construção de um poderoso bloco social, político e econômico na América Latina e no Caribe; no caminho da união do grande México e da Venezuela Bolivariana e no caminho da construção do nosso continente como uma alternativa à direita e ao neoliberalismo”, observou.
A CNN entrou em contato com a equipe de Sheinbaum para comentar e aguarda uma resposta.
No México, assim que os resultados forem confirmados e validados pelo Tribunal Eleitoral, Sheinbaum será formalmente declarada presidente eleita e tomará posse no dia 1º de outubro.
Na Venezuela, Maduro prepara-se para as eleições presidenciais de 28 de julho, nas quais tentará uma segunda reeleição e um terceiro mandato. Do lado da oposição, o candidato do bloco majoritário será o ex-embaixador Edmundo González Urrutia.