Maduro decreta duas semanas de quarentena para conter variante de Manaus no país
Presidente venezuelano atribuiu o aumento da transmissão de Covid-19 no país à variante encontrada no Brasil
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nesta segunda-feira (22) o início de duas semanas contínuas de quarentena radical para conter disseminação da Covid-19 no país. A medida continuará valendo durante a Semana Santa.
Maduro reiterou que a Venezuela está em uma segunda onda da pandemia de Covid-19 por causa da chegada da variante identificada inicialmente no Brasil. De acordo com o presidente, o país manteve o controle da pandemia por seis meses, mas “isso mudou com a chegada da variante brasileira”.
Em sua fala, Maduro também destacou que o número de mortes por Covid-19 na Venezuela aumentou e a ocupação dos leitos hospitalares também. O presidente disse ainda que a taxa de contaminação subiu para 27 pessoas infectadas por 100 mil habitantes na terceira semana de março.
Maduro anunciou que durante o período de quarentena radical serão tomadas medidas especiais, como a reativação de filtros sanitários em atividades essenciais e a desinfecção de unidades de transporte público.
A fiscalização do cumprimento das medidas determinadas para a fase radical da quarentena será reforçada com o apoio das forças de segurança, que deverão garantir a diminuição da locomoção desnecessária, evitar aglomerações em espaços públicos, além de reduzir as atividades bancárias e comerciais não essenciais.
Segundo o relatório oficial, a região da capital concentra o maior número de infecções. Existem 2.662 casos ativos em Caracas, 1.190 em Miranda e 850 em La Guaira.
No último sábado (20), a Venezuela atingiu 150.306 casos confirmados e 1.483 mortes por covid-19, conforme informou o ministro da Comunicação e Informação da Venezuela, Freddy Ñáñez.
(Texto traduzido; Leia aqui a versão em espanhol)