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    Macron pode aceitar renúncia de Gabriel Attal ainda nesta terça-feira (16)

    Primeiro-ministro deve permanecer como interino até nomeação do novo gabinete

    Elizabeth Pineauda Reuters

    O presidente da França, Emmanuel Macron, deve aceitar a renúncia do primeiro-ministro, Gabriel Attal, e de seu governo até o final desta terça-feira (16), de acordo com duas fontes do governo. Após uma eleição inesperada e inconclusiva, eles devem permanecer no cargo como interinos até que um novo gabinete seja nomeado.

    Isso permitirá que Attal e outros membros do governo, incluindo o ministro do Interior, Gerald Darmanin, tenham assentos no parlamento e participem da eleição do presidente da Assembleia, que deve se reunir pela primeira vez na quinta-feira (18).

    O governo francês poderá assumir o controle em situações de emergência e administrar os assuntos atuais da segunda maior economia da zona do euro, mas não poderá apresentar novas leis ao parlamento – nem mesmo o orçamento anual – ou realizar grandes mudanças, segundo especialistas.

    A administração dos assuntos atuais incluirá a garantia de que os Jogos Olímpicos, que começam em 26 de julho, transcorram sem problemas.

    Na França, já houve governos interinos, mas nenhum deles permaneceu no cargo mais do que alguns dias. Não há limite definido para o tempo que um governo interino possa permanecer no cargo. E o Parlamento não pode forçá-lo a sair.

    Enquanto isso, partidos de esquerda estão lutando para escolher o primeiro-ministro, o que levou o líder do Partido Comunista, Fabien Roussel, a alertar que eles estão correndo o risco de um “naufrágio”.

    A Nova Frente Popular (NFP), uma aliança que vai desde os grupos socialistas e verdes até o partido comunista e o partido de extrema esquerda La France Insoumise, foi montada às pressas antes das eleições antecipadas de 30 de junho e 7 de julho e, inesperadamente, conquistou o primeiro lugar na votação.

    No entanto, não obteve maioria absoluta, e anos de tensões entre os partidos voltaram à tona sobre quem poderia comandar um possível governo de esquerda.

    Para complicar a situação, Macron pediu aos principais partidos que forjassem uma aliança para formar um governo, uma opção que incluiria parte do NFP, mas excluiria o La France Insoumise.

    “Se não conseguirmos encontrar uma solução nas próximas horas, nos próximos dias, será um naufrágio”, disse Roussel à BFM TV, descrevendo o estado das negociações como “deplorável”.

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