Macron nega motivação política por trás da prisão do CEO do Telegram
Presidente francês diz que dono de rede social foi preso em meio a uma investigação judicial independente
Pavel Durov, o fundador russo do aplicativo de mensagens Telegram, foi preso na França como parte de uma investigação judicial em andamento e não houve motivo político, disse o presidente francês Macron nesta segunda-feira (26).
A declaração de Macron representou a primeira confirmação oficial da prisão de Durov, quase dois dias desde que ele foi detido no aeroporto Le Bourget, nos arredores de Paris, pouco depois de aterrar num jato privado vindo do Azerbaijão.
A falta de confirmação oficial levou a especulações sobre as razões da sua detenção. Macron disse ter lido aqui “informações falsas sobre a França após a prisão de Pavel Durov”.
“A prisão do presidente do Telegram em território francês ocorreu no âmbito de uma investigação judicial em curso”, escreveu. “Esta não é de forma alguma uma decisão política. Cabe aos juízes decidir.”
Um porta-voz da polícia disse à Reuters que Durov está sendo investigado pelos escritórios nacionais de crimes cibernéticos e fraude por não cooperar em crimes cibernéticos e financeiros no Telegram, um aplicativo de mensagens e mídia social. Ele ainda está sob custódia, disse o porta-voz.
Durov, um bilionário de 39 anos escalado como o “Mark Zuckerberg da Rússia”, tem dupla cidadania francesa e dos Emirados Árabes Unidos. Estimado pela Forbes como tendo uma fortuna de US$ 15,5 bilhões, Durov disse em abril que alguns governos tentaram pressioná-lo, mas o aplicativo deveria permanecer uma plataforma neutra e não um “ator na geopolítica”.
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