Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Lula prega zona de paz na América do Sul em viagem à Guiana: “Nós não precisamos de guerra”

    Presidente vai se reunir com o presidente venezuelano Nicolás Maduro na sexta-feira (29)

    Teo Curyda CNN , em Georgetown, na Guiana

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a dizer nesta quinta-feira (29) que é necessário que os países da América do Sul trabalhem “intensamente” para manter a região como uma “zona de paz”. A declaração foi dada a jornalistas depois de uma reunião com o presidente da Guiana, Mohamed Irfaan Ali.

    O recado vem em meio à tensão entre Venezuela e a Guiana. Em dezembro, venezuelanos votaram um referendo a favor da anexação de Essequibo, área rica em petróleo que corresponde a dois terços da Guiana.

    “A nossa integração com a Guiana faz parte da estratégia do Brasil de ajudar não apenas no desenvolvimento, mas trabalhar intensamente para que a gente mantenha a América do Sul como uma zona de paz no planeta Terra. Nós não precisamos de guerra. Guerra traz destruição de infraestrutura, de vidas e traz sofrimento. A paz traz prosperidade, educação, geração de emprego e tranquilidade aos seres humanos”, afirmou.

    “Todo mundo sabe que o Brasil é contra a guerra na Ucrânia, todo mundo sabe que o Brasil é contra o que está acontecendo na Faixa de Gaza. Da mesma forma que fomos contra ao ato terrorista do Hamas e todo mundo sabe que o Brasil não tem e não quer contencioso com nenhum país do mundo”, disse.

    O presidente havia destacado a necessidade de os países da região mantê-la como zona de paz durante discurso de encerramento da cúpula dos chefes de governo da Comunidade do Caribe, em Georgetown, na Guiana.

    O Brasil atua buscando facilitar o diálogo entre Venezuela e Guiana, defendendo que a solução deve ser bilateral. Questionado pela CNN, o presidente da Guiana afirmou que Lula tem grande responsabilidade em meio à tensão na região. Irfaan Ali disse que Lula estendeu a mão para os dois países na busca por uma solução.

    “Ele é uma voz estável, uma voz da razão, e penso que o seu papel é garantir que a paz e a estabilidade permaneçam e para garantir que todas as partes respeitem e ajam dentro dos limites do direito internacional e do respeito pelo direito internacional”, afirmou.

    Tópicos