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    Lula não responde a convites para encontros bilaterais feitos por Biden e Zelensky

    Presidente deixa em aberto pedidos de reuniões que pressionariam Brasil a ter postura mais dura com a Rússia

    Priscila Yazbekda CNN , Hiroshima

    Convidado para reuniões bilaterais com os presidentes da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e dos Estados Unidos, Joe Biden, Lula hesita em responder aos pedidos de encontros no G7, em Hiroshima. A agenda oficial do governo para o último dia da cúpula, inclusive, já foi divulgada, sem previsões de conversas com Zelensky e Biden.

    Nos corredores do G7 a percepção é de que a participação presencial de Zelensky acontece, em boa parte, para que o presidente ucraniano pressione os países do Sul Global – como Brasil, Índia e Indonésia – a sinalizar um apoio maior aos ucranianos, já que esses países não reduziram relações comerciais com a Rússia depois da invasão à Ucrânia.

    A ideia de Zelensky seria expandir o apoio aos ucranianos para além dos seus aliados do G7. A não resposta de Lula chama ainda mais atenção diante do fato de que o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, já se encontrou com Zelensky neste sábado (20).

    Os Estados Unidos, que também buscam uma postura mais contundente do Brasil, seguem sem resposta, ainda que integrantes do governo americano tenham falado sobre o convite abertamente.

    Jake Sullivan, conselheiro de segurança americano, afirmou que Biden quer conversar com Índia e Brasil sobre a Ucrânia.

    Questionado se haveria pressão do presidente americano para que Lula e Modi endureçam o tom em relação à Rússia, Sullivan colocou panos quentes. “Acho que pressão é a palavra errada. Quero dizer, não é assim que o presidente Biden opera com esses líderes importantes com quem ele tem relacionamentos profundos, como o presidente Lula e o presidente Modi”, disse.

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