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    Lukashenko diz que Putin se dispôs a ajudar a ‘garantir segurança’ em Belarus

    Protestos tomam Belarus pedindo renúncia do presidente, acusado de se reeleger com fraudes. Chamado de 'último ditador da Europa', Lukashenko governa desde 1994

    Andrei Makhovsky e Polina Devitt,

    da Reuters

    O presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, afirmou, neste sábado (15), que o governo da Rússia lhe garantiu “fornecer assistência abrangente, se necessário, para garantir a segurança de seu país”. Após protestos contra sua reeleição para o sexto mandato presidencial, Lukashenko diz ter conseguido apoio em um telefonema com o presidente russo Vladimir Putin.

    Neste sábado, mais uma vez dezenas de milhares de pessoas saíram às ruas da capital Minsk pedindo a Lukashenko que renuncie, com indícios de uma onda de greves e protestos em massa no país.

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    Acusado de fraude na eleição do último domingo, Lukashenko já havia apelado a Putin por ajuda enquanto ele enfrenta o maior desafio a seu governo de 26 anos e a ameaça de novas sanções ocidentais.

    Os laços entre os dois aliados tradicionais estavam sob tensão antes da eleição, enquanto a Rússia reduzia os subsídios que sustentavam o governo de Lukashenko. A Rússia vê Belarus como uma proteção estratégica contra a influência de outras potências na região, com alianças de países com a Otan (que tem os EUA como membro) e a União Europeia.

    A agência de notícias estatal Belta citou observações de Lukashenko de que “no primeiro pedido, a Rússia fornecerá assistência abrangente para garantir a segurança de Belarus em caso de ameaças militares externas”.

    Um comunicado do Kremlin não fez menção a tal assistência, mas disse que ambos os lados expressaram confiança de que todos os problemas no país serão resolvidos em breve.

    As declarações de ambos os lados continham uma referência direta a um “estado de união” entre os dois países.

    Os vizinhos assinaram um acordo em 1999 que supostamente criava um estado unificado. O projeto de unificação nunca foi devidamente implementado e, mais recentemente, Lukashenko rejeitou os apelos de Moscou por laços econômicos e políticos mais estreitos como um ataque à soberania de seu país.