Líderes do G7 discutirão proposta para paz na Ucrânia
Representantes dos sete países mais industrializados do mundo se encontrarão na simbólica cidade de Hiroshima, no Japão, a partir desta sexta
A simbólica cidade de Hiroshima, no Japão, foi escolhida pelo primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, para a cúpula do G7 a fim de expressar seu compromisso com a paz.
O grupo é formado pelas sete nações mais industrializadas do mundo, com Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido. As reuniões começam nesta sexta-feira (19) e vão até domingo (21).
Kishida, que exerce a presidência do G7, afirma que o mundo passa por uma grande crise com a invasão deflagrada pela Rússia no território da Ucrânia e com o risco do uso de armas nucleares, após ameaças de Moscou.
Hiroshima foi alvo da explosão de uma bomba atômica lançada pelos Estados Unidos em 1945, durante a Segunda Guerra Mundial. Com isso, o Japão deseja expressar que é contra as agressões militares, as armas nucleares e as tentativas de derrubada da ordem internacional.
No sábado (20), no segundo dia da cúpula, os chefes de Estado e as delegações internacionais participarão de uma visita ao Parque Memoria da Paz da cidade, onde será feita uma cerimônia com a deposição de flores e uma homenagem às vítimas da bomba atômica.
Entre as principais perspectivas que serão abordadas nas reuniões, está a rejeição de qualquer tentativa de ameaça ou do próprio uso de armas nucleares, como proposto pela Rússia.
O grupo vê a guerra deflagrada no Leste Europeu como um desafio ao Estado Democrático de Direito e “continuará a promover fortemente sanções contra a Rússia e de apoio à Ucrânia.
Como parte dos esforços para declarar o fim da guerra, o G7 deve relevar novas sanções contra os russos.
Conforme a declaração de uma autoridade dos Estados Unidos, as medidas do grupo visam interromper a capacidade russa de obter materiais necessários para o campo de batalha, fechar brechas usadas para escapar de sanções e reduzir ainda mais a dependência internacional da energia do país, além de tentar estreitar o acesso de Moscou ao sistema financeiro internacional.
Deverá ser emitido um outro documento com sanções emitidas pelos países convidados para a cúpula, com Brasil, Austrália, Comores, Ilhas Cook, Índia, Indonésia, Coreia do Sul e Vietnã.
(*Com informações da Reuters)