Líder do Grupo Wagner pede presença de ministro da Defesa russo e diz que bloqueará Rostov
Yevgeny Prigozhin também solicitou que o comandante das Forças Armadas do país, general Valeri Gerassimov, esteja na cidade
O chefe do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, pediu, neste sábado (24), a presença do ministro da Defesa da Rússia, Serguei Choigu, e do comandante das Forças Armadas do país, general Valeri Gerassimov, em Rostov e que bloqueará a cidade enquanto eles não chegarem.
“Queremos [Gerasimov] e Shoigu. Até que eles cheguem, vamos ficar, bloquear Rostov e seguir para Moscou”, afirmou Prigozhin.
O líder mercenário ainda afirmou que todas as inslações militares de Rostov estão sob seu controle, incluindo o aeroporto local. Ele indicou que está no quartel-general local negociando a situação.
Mais cedo, Prigozhin acusou a liderança militar russa de atacar um de seus acampamentos militares e matar uma “grande quantidade” de suas forças mercenárias. Em seguida, prometeu atacar as forças oficiais russas como represália.
Prigozhin afirmou que o Ministério da Defesa russo enganou o Grupo Wagner e prometeu “responder a essas atrocidades”.
“Eles nos enganaram sorrateiramente, tentando nos privar da oportunidade de defender nossas casas e, em vez disso, caçar Wagner. Estávamos prontos para chegar a um acordo com o Ministério da Defesa para entregar nossas armas e encontrar uma solução para continuarmos a defender país. Mas esses canalhas não se acalmaram”, expôs Prigozhin em uma nota de voz postada no Telegram.
Ele ainda promete retaliação: “Muitas dezenas, dezenas de milhares de vidas, de soldados russos serão punidas”, declarou Prigozhin. “Peço que ninguém oponha resistência. Aqueles que mostrarem tal resistência, consideraremos isso uma ameaça e os destruiremos imediatamente. Isso inclui qualquer bloqueio de estrada em nosso caminho, qualquer aeronave vista sobre nossas cabeças”, prosseguiu.
Ele solicitou às pessoas que fiquem em casa e “mantenham a calma, para não serem provocadas”.
Em seguida o principal comandante da Rússia na Ucrânia, Sergey Surovikin, ordenou aos mercenários que interrompessem a rebelião e obedecessem ao presidente Vladimir Putin.
*Publicado por Douglas Porto, com informações da Reuters