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    Líder da Tanzânia diz que “Deus protegerá” contra a Covid-19 e despreza vacinas

    "Você reza enquanto cultiva milho e batatas, para que possa comer bem e o corona não consiga entrar no seu corpo", disse Magufuli em discurso

    Andrew Cawthorne, , da Reuters, em Dar Es Salaam

    O presidente da Tanzânia, John Magufuli, disse nesta quarta-feira (27) que nenhum lockdown foi planejado para o país pois Deus protegerá as pessoas da Covid-19 e promoveu medidas divulgadas apenas internamente como eficientes, como a inalação de vapor — a qual afirmou ser melhor do que vacinas.

    “As vacinas não são boas. Se fossem, os homens brancos teriam trazido vacinas para o HIV e a AIDS”, disse ele em um discurso no Oeste da Tanzânia, contrariando o consenso científico mundial e as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS).

    A Tanzânia registrou oficialmente um total de 509 infecções por Covid-19 e 21 mortes, de acordo com informações da OMS, mas o país não atualiza os valores há mais de seis meses.

     

    “Nós tanzanianos não nos trancamos e não espere que nos tranquemos. Eu não espero anunciar nenhum lockdown porque nosso Deus vive e Ele continuará protegendo os tanzanianos”, Magufuli disse durante uma cerimônia de abertura de uma nova fazenda em sua cidade natal, no distrito de Chato.

    “Também continuaremos a tomar precauções de saúde como o uso da inalação. Você inala vapor enquanto reza a Deus, você reza enquanto cultiva milho e batatas, para que possa comer bem e o corona não consiga entrar no seu corpo. Eles assustarão muito vocês, meus companheiros tanzanianos, mas vocês devem se manter firmes”, afirmou. A inalação de neblina não é comprovada cientificamente como forma de combate ou prevenção da Covid.

     

    A Universidade Johns Hopkins registra atualmente mais de 2.162.333 de mortes pelo novo coronavírus, e cerca de 100.441.945 casos confirmados em todo o mundo. Todas as principais instituições científicas do mundo recomendam a vacinação como a forma mais eficaz de diminuir o ritmo da pandemia até o momento.

    (Reportagem feita com a colaboração da redação de Nairobi, da Reuters).

     

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