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    Libertação de reféns não acontecerá antes de sexta-feira (24), diz Israel

    Início de uma trégua temporária nos combates também foi adiado

    Famílias organizaram uma instalação com 200 cadeiras vazias para marcar a ausência dos reféns no shabat
    Famílias organizaram uma instalação com 200 cadeiras vazias para marcar a ausência dos reféns no shabat Américo Martins/CNN

    Tamar MichaelisJeremy Diamondda CNN

    Nenhum refém será libertado antes desta sexta-feira (24), de acordo com o Conselho de Segurança Nacional de Israel. O início de uma trégua temporária nos combates também foi adiado até sexta, destacou uma autoridade israelense à CNN.

    “As negociações para a libertação dos nossos reféns estão avançando e em andamento. O início do processo de libertação ocorrerá segundo o acordo original entre ambos os lados, e não antes de sexta-feira”, afirmou o conselho em comunicado.

    Anteriormente, a expectativa era de que os primeiros reféns fossem soltos nesta quinta-feira (23). Nenhuma razão foi informada para o “adiamento”.

    Além disso, o governo dos Estados Unidos anunciou que acompanhará o cumprimento do acordo feito entre Israel e o Hamas, disse o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, John Kirby, nesta quarta-feira (22).

    “Ninguém está fazendo danças de comemoração aqui. Agora é a hora de todos observarem bem de perto. Porque isso vai se resumir agora à implementação e execução [do acordo]”, ponderou Kirby em um briefing virtual para a comunidade judaica americana.

    Kirby também ressaltou que o governo americano estará observando “muito de perto” para garantir que o Hamas cumpra sua parte no acordo de reféns.

    Acordo entre Israel e Hamas

    Israel e Hamas concordaram, na terça-feira (21), com uma pausa humanitária de quatro dias para permitir a libertação de ao menos 50 reféns, mulheres e crianças, detidos em Gaza.

    A resolução também envolve a libertação de 150 palestinos detidos em prisões israelenses. A grande maioria dos prisioneiros listados como elegíveis para libertação são adolescentes do sexo masculino com idades entre os 16 e os 18 anos — essas pessoas são crianças, segundo a definição das Nações Unidas.

    Alguns dos listados têm 14 anos, e cerca de 33 são mulheres também podem ser soltas, segundo apurou a CNN.

    Famílias pedem libertação

    O Fórum de Reféns e Famílias Desaparecidas, que representa os familiares das pessoas detidas pelo Hamas, celebrou o acordo para libertar alguns dos capturados pelo Hamas, mas pediu que as autoridades continuem esforços para libertar aqueles que permanecem em cativeiro.

    “Damos as boas-vindas a todos os reféns que voltam para casa, mas a nossa exigência permanece inalterada: a libertação imediata de todos os 236 reféns. Garantir a libertação segura de todos os reféns é uma prioridade nacional. Não haverá vitória até que todos os reféns voltem para casa”, destacou a organização em comunicado nesta quarta-feira (22).

    O fórum também exigiu que os termos do acordo garantam a segurança e o bem-estar dos demais reféns, incluindo visitas da Cruz Vermelha.

    “Pedimos aos líderes os maiores esforços para cumprirem ‘a sua carga moral’, com a vida das pessoas em jogo. Estamos gratos pelo apoio do presidente [dos EUA] Joe Biden a este acordo e pelo seu apelo inabalável à libertação de todos os reféns”, afirmou o comunicado.

    *com informações de Samantha Waldenberg, da CNN