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    Letônia libera fertilizante russo apreendido enquanto ONU tenta salvar acordo de grãos com a Ucrânia

    A Rússia citou esta apreensão como um obstáculo importante para a extensão do acordo que permite à Ucrânia exportar grãos no Mar Negro

    Andrius Sytasda ReutersDmitry Zhdannikovda CNN

    Um primeiro lote de fertilizante russo que a Letônia apreendeu no ano passado foi liberado e está sendo enviado para o Quênia pelo Programa Mundial de Alimentos da Organização das Nações Unidas (ONU), informou o Ministério das Relações Exteriores letão neste sábado (22).

    A Rússia citou esta apreensão como um obstáculo importante para a extensão do acordo que permite à Ucrânia exportar grãos no Mar Negro.

    Uma embarcação deixou o porto de Riga, capital da Letônia, na sexta-feira (21) com parte das 200.000 toneladas de fertilizantes apreendidas, disse o ministério.

    Outros navios devem transportar o restante do fertilizante, que foi apreendido em março de 2022, disse um porta-voz do ministério.

    A Rússia indicou que não permitirá que o acordo de exportação do Mar Negro, negociado pela ONU e pela Turquia em julho de 2022, continue além de 18 de maio porque uma lista de demandas russas para facilitar suas próprias exportações de grãos e fertilizantes não foi atendida.

    O Ministério das Relações Exteriores da Rússia citou repetidamente os fertilizantes presos nos portos do Mar Báltico como um dos principais obstáculos para a continuidade do acordo.

    O governo letão descreveu as remessas como uma “doação” como “apoio aos países afetados pela crise alimentar desencadeada pela guerra da Rússia contra a Ucrânia”.

    Não ficou imediatamente claro se a Rússia estava satisfeita com o embarque ou se isso aumentaria as chances de uma extensão do acordo de grãos.

    A medida ocorre antes de uma reunião em Nova York na próxima semana entre o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, e o secretário-geral da ONU, António Guterres, para discutir o acordo de grãos, entre outras questões.

    Lavrov já havia dito que nada foi feito para resolver as preocupações da Rússia.

    A maior parte do fertilizante apreendido na Letônia é de propriedade das empresas Uralchem e Uralkali URKAI.MM, segundo fontes do mercado e dados vistos pela Reuters.

    As empresas eram controladas pelo oligarca russo Dmitry Mazepin, que abriu mão do controle no ano passado depois que a União Europeia o sancionou em março de 2022 como “membro do círculo mais próximo de Vladimir Putin”.

    O Grupo Uralchem-Uralkali disse em fevereiro que pretendia doar mais de 34.000 toneladas de fertilizantes armazenados na Letônia para o Quênia.