Kremlin nega envolvimento russo em ataques cibernéticos na Ucrânia
Sites do Ministério da Defesa, Forças Armadas e de dois bancos foram atingidos e ficaram fora do ar
![Caminhões do Exército da Rússia avançam em direção à fronteira com a Ucrânia Caminhões do Exército da Rússia avançam em direção à fronteira com a Ucrânia](https://preprod.cnnbrasil.com.br/wp-content/uploads/sites/12/2022/02/Avanco-Tropas-Russas.jpg?w=1220&h=674&crop=1)
O Kremlin negou nesta quarta-feira (16) que a Rússia esteja por trás de ataques cibernéticos ao Ministério da Defesa da Ucrânia e a dois bancos. Mas, o governo russo disse não estar surpreso que a Ucrânia culpasse Moscou. O ataque também atingiu o site das Forças Armadas. Todos os alvos dos ataques ficaram fora do ar.
A Rússia reuniu forças perto do país, o que gerou temor de que planeja atacar a Ucrânia. Moscou nega tais planos. Autoridades cibernéticas ucranianas disseram que não podem descartar Moscou como responsável depois que o Ministério da Defesa e dois bancos foram atacados na terça-feira.
Nesta quarta, que o presidente russo, Vladimir Putin, disse ser a favor de negociações e de diplomacia diante das tensões em torno da Ucrânia e que Moscou vê a disposição do presidente dos EUA, Joe Biden, de conversar como um sinal positivo.
O Kremlin acolheu o apelo direto de Biden aos cidadãos russos, mas disse que seria ainda melhor se ele tivesse convencido os ucranianos a pararem de atirar uns nos outros. Moscou classifica o conflito no leste ucraniano como uma guerra civil, mas a Ucrânia e o Ocidente dizem que a Rússia ajuda os separatistas com suas forças terrestres, algo que Moscou nega.
Entenda os motivos da tensão entre os dois países
As tensões entre a Ucrânia e a Rússia estão em seu ponto mais alto dos últimos anos. O exército russo reuniu mais de 130 mil soldados perto da fronteira ucraniana nas últimas semanas.
Os Estados Unidos e demais países-membros da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) acusam a Rússia de planejar um ataque contra a Ucrânia e apontam um crescente acúmulo de forças militares nas fronteiras.
Os russos, por sua vez, negam que haverá uma invasão, mas pedem que a Otan afaste-se da Ucrânia e de suas intenções de tornar o país fronteiriço mais um de seus membros na Europa.
Na terça-feira (15), algumas tropas nos distritos militares da Rússia adjacentes à Ucrânia retornaram às suas bases depois de completar os exercícios, como informou o Ministério da Defesa russo.
Fotos – A tensão na Ucrânia
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Um soldado ucraniano caminha por uma trincheira em Svitlodarsk, na Ucrânia, no dia 11 de fevereiro
Crédito: Wolfgang Schwan/Anadolu Agency via Getty Images - 2 de 14
Duas militares ucranianas fazem uma pausa em um refeitório na trincheira em Pisky, Ucrânia
Crédito: Gaelle Girbes/Getty Images - 3 de 14
Voluntários paramilitares da Legião Nacional da Geórgia dão instruções a dois meninos (à dir.) sobre técnicas de tiro em Kiev, Ucrânia. A Legião Nacional da Geórgia viu um aumento nos pedidos de adesão e no número de participantes em seus cursos de treinamento no mês passado
Crédito: Chris McGrath/Getty Images - 4 de 14
As forças armadas russas e bielorrussas participam do exercício militar "Allied Determination 2022", na Bielorrússia, em 11 de fevereiro de 2022. A segunda fase dos exercícios está prevista para durar até 20 de fevereiro
Crédito: BELARUSÂ DEFENSE MINISTRY/Anadolu Agency via Getty Images - 5 de 14
Navio de desembarque da Marinha russa cruza o estreito de Bósforo a caminho do Mar Negro, no dia 9 de fevereiro, em Istambul, Turquia. O Ministério da Defesa da Rússia disse que seis grandes navios estão se movendo do Mediterrâneo para o Mar Negro, onde participarão dos exercícios já em andamento
Crédito: Burak Kara/Getty Images - 6 de 14
Sistemas de mísseis de defesa aérea S-400 Triumf durante os exercícios militares conjuntos "Allied Determination 2022" realizados por tropas bielorrussas e russas
Crédito: Russian Defence Ministry/TASS - 7 de 14
Soldados russos e bielorussos em exercícios militares na fronteira
Crédito: BELARUS DEFENSE MINISTRY/Anadolu Agency via Getty Images - 8 de 14
Imagens de satélite mostram militares no aeródromo de Oktyabrskoye e Novoozernoye, na Crimeia, no aeródromo de Zyabrovka perto de Gomel, em Belarus, e em área de treinamento de Kursk, no oeste da Rússia
Crédito: Maxar Technologies - 9 de 14
Soldados dos EUA chegam à base militar de Mihail Kogalniceanu, na Romênia, em 11 de fevereiro
Crédito: Alexandra Stanescu /Anadolu Agency via Getty Images - 10 de 14
Equipamento militar do Exército dos EUA, que está sendo transportado da Alemanha para a Romênia, é visto dentro de uma base militar, no dia 10 de fevereiro, na Romênia. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ordenou o envio de 3.000 soldados adicionais para reforçar os contingentes militares de países membros da OTAN
Crédito: Andreea Campeanu/Getty Images - 11 de 14
Veículos militares do Exército dos EUA circulam na área de treinamento militar de Grafenwoehr. O Exército dos EUA está transferindo cerca de 1.000 soldados, incluindo tanques e veículos militares, de sua base em Vilseck, no Alto Palatinado, para a Romênia
Crédito: Armin Weigel/picture alliance via Getty Images - 12 de 14
Soldado ucraniano é visto saindo de Svitlodarsk, na Ucrânia, em 11 de fevereiro de 2022
Crédito: Wolfgang Schwan/Agência Anadolu/Getty Images - 13 de 14
Biden diz a Putin que EUA vão reagir com “consequências severas” se Rússia invadir Ucrânia
Crédito: Wolfgang Schwan/Agência Anadolu/Getty Images - 14 de 14
Equipamentos militares e soldados do exército dos EUA em base temporária em Mielec, Polônia, em 12 de fevereiro de 2022
Crédito: Anadolu Agency/Getty Images
Qual é a situação atual na fronteira?
Os Estados Unidos e a Otan descreveram os movimentos e concentrações de soldados dentro e ao redor da Ucrânia como “incomuns”.
Os serviços de inteligência norte-americanos estimaram que a Rússia poderia começar ataques antes do final dos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim, que terminam em 20 de fevereiro.