Kremlin nega envolvimento no acidente de avião que matou Prigozhin: “Mentira absoluta”
Porta-voz falou pela primeira vez sobre as especulações em torno do incidente
O Kremlin negou pela primeira vez qualquer envolvimento no acidente de avião que matou o chefe do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin. O porta-voz, Dmitry Peskov, disse que qualquer afirmação de que o governo russo esteve de alguma forma envolvido no acidente é “uma mentira absoluta”.
“Há muita especulação em torno desta catástrofe e da trágica morte dos passageiros do avião, incluindo Yevgeny Prigozhin”, disse. “É claro que no Ocidente todas essas especulações são apresentadas de um determinado ângulo. Tudo isso é uma mentira absoluta.”
Críticos proeminentes do presidente russo, Vladimir Putin, incluindo o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, foram rápidos em culpar o líder russo, cujos opositores internos muitas vezes acabam morrendo misteriosamente.
Alguns teorizaram que Prigozhin foi alvo após motim organizado contra o sistema de defesa da Rússia em junho, o maior desafio à autoridade de Putin desde que foi eleito presidente pela primeira vez em 2000.
Contudo, não foram apresentadas quaisquer provas que apontem para o envolvimento do Kremlin ou dos serviços de segurança russos no acidente. A causa do incidente permanece desconhecida e as autoridades russas iniciaram uma investigação criminal.
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Peskov também disse que testes genéticos e outros exames necessários estão em andamento para determinar se Prigozhin foi de fato morto no acidente de quarta-feira (23).
Prigozhin, chefe do grupo mercenário russo Wagner, foi citado na lista de passageiros do voo e, portanto, foi dado como morto. Sua morte ainda não foi oficialmente confirmada.
Questionado sobre a possibilidade de Putin comparecer ao funeral de Prigozhin, caso seja confirmado, Peskov citou incerteza sobre o cronograma dos procedimentos de identificação exigidos e disse que o presidente tinha uma agenda ocupada.
