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    Kremlin diz que não há planos concretos para reunião com Biden sobre Ucrânia

    Porta-voz do Kremlin disse a repórteres, no entanto, que um telefonema ou encontro pode ser marcado a qualquer momento

    Por Dmitry Antonov, da Reuters

    O Kremlin disse nesta segunda-feira (21) que não há planos concretos para uma cúpula sobre a Ucrânia entre o presidente russo, Vladimir Putin, e seu colega norte-americano, Joe Biden, depois que o presidente francês afirmou que os dois líderes concordaram com uma reunião em princípio.

    Uma cúpula poderia oferecer um possível caminho para sair da maior crise militar da Europa em décadas, e os mercados financeiros subiram na esperança de uma solução diplomática.

    No entanto, tanto Washington quanto Moscou minimizaram as esperanças de um avanço, e imagens de satélite pareciam mostrar mobilizações russas mais próximas da fronteira da Ucrânia do que antes.

    Países ocidentais acusam a Rússia de planejar uma invasão de sua vizinha. Moscou nega estar planejando qualquer ataque, mas exigiu garantias de segurança, incluindo a promessa de que a Ucrânia nunca se juntaria à aliança militar ocidental Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

    A situação ficou ainda mais tensa quando o Ministério da Defesa de Belarus anunciou no domingo que a Rússia estenderia os exercícios militares em Belarus que estavam programados para terminar. A Rússia tem dezenas de milhares de soldados lá, ao norte da fronteira ucraniana.

    O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse a repórteres que um telefonema ou encontro entre Putin e Biden pode ser marcado a qualquer momento, mas ainda não há planos concretos para uma cúpula.

    As tensões seguem crescendo, mas os contatos diplomáticos estão ativos e uma reunião de ministros das Relações Exteriores é possível esta semana.

    Ele também afirmou que Putin discursará em breve em uma sessão extraordinária do Conselho de Segurança da Rússia.

    A Casa Branca disse em comunicado que Biden aceitou a reunião “em princípio”, mas apenas “se uma invasão não acontecer”.

    “Estamos sempre prontos para a diplomacia”, declarou a secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki. “Também estamos prontos para impor consequências rápidas e severas, caso a Rússia opte pela guerra.”

    Os países ocidentais estão preparando sanções que dizem ser de longo alcance contra empresas e indivíduos russos no caso de a Rússia invadir, incluindo medidas para impedir que instituições financeiras dos Estados Unidos processem transações para grandes bancos russos, disseram pessoas familiarizadas com o assunto.

    O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, chegando a Bruxelas para se encontrar com seus colegas da União Europeia, pediu ao bloco que comece a impor algumas sanções à Rússia agora para mostrar que está firme sobre querer evitar uma guerra.

    O chefe de política externa da UE, Josep Borrell, disse que ainda vê espaço para a diplomacia, mas convocará uma reunião extraordinária da UE para aprovar as sanções “quando chegar o momento”.

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