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    Kremlin diz que envolvimento dos EUA na invasão ucraniana a Kursk é “fato óbvio”

    Governo americano nega envolvimento no ataque; incursão é a maior ofensiva contra território russo desde a Segunda Guerra Mundial

    Lucy PapachristouGuy Faulconbridgeda Reuters

    O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabkov, disse nesta terça-feira (27) que o envolvimento dos Estados Unidos na incursão realizada pela Ucrânia na região de Kursk, no oeste da Rússia, é “um fato óbvio”, informou a agência de notícias estatal TASS.

    Washington disse desconhecer os planos da Ucrânia antes de iniciar sua incursão em Kursk em 6 de agosto. Os Estados Unidos também disseram que não participaram da operação.

    Ryabkov afirmou que não se tratava mais de uma acusação de que os Estados Unidos estavam envolvidos, mas sim de “um fato óbvio”.

    “O caminho de escalada de Washington está se tornando cada vez mais desafiador”, disse Ryabkov, de acordo com agências de notícias russas.

    “A impressão é que os colegas (dos EUA) jogaram fora os resquícios de bom senso e acreditam que para eles tudo é permitido. Aproximações semelhantes estão sendo seguidas pela clientela deles em Kiev”, disse a autoridade.

    Ryabkov disse que tal ação poderia levar a sérias consequências em termos da reação da própria Rússia e que Washington estava ciente de como Moscou poderia reagir.

    A Rússia afirmou que armamentos ocidentais, incluindo tanques britânicos e sistemas de foguetes dos EUA, foram utilizados pela Ucrânia em Kursk. Kiev confirmou o uso de mísseis Himars dos EUA na derrubada de pontes em Kursk.

    O jornal americano The New York Times informou que os Estados Unidos e a Grã-Bretanha forneceram à Ucrânia imagens de satélite e outras informações sobre a região russa de Kursk após o ataque ucraniano.

    O jornal disse que o objetivo da divulgação de informações era ajudar a Ucrânia a rastrear melhor os reforços russos que poderiam atacá-los ou impedir uma eventual retirada para a Ucrânia.

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