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    Kamala Harris defende Obamacare: ‘saúde na América deve ser um direito’

    "Cada voto para Joe Biden foi uma declaração de que a saúde na América deve ser um direito e não um privilégio", disse a vice-presidente eleita dos EUA

    Da CNN, em São Paulo

     

    Em pronunciamento nesta terça-feira (10), a vice-presidente eleita dos Estados Unidos, Kamala Harris, falou sobre o sistema de saúde do país e defendeu o programa Obamacare, criado no governo de Barack Obama, em março de 2010. Para Harris, derrubar o Obamacare levaria o país para trás.

    “Tudo está acontecendo em uma época em que o país está passando por uma pandemia, e sabemos que se o Obamacare for derrubado, as comunidades não brancas serão duramente prejudicadas”, disse.

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    Kamala Harris, vice-presidente eleita dos Estados Unidos
    Kamala Harris, vice-presidente eleita dos Estados Unidos
    Foto: Reprodução/CNN (10.nov.2020)

    “Porque estão em maior risco de doenças pré-existentes, como asma, diabetes e lupus, e ainda têm três vezes mais chances de contrair a Covid-19 e duas vezes mais chances de morrer [pela doença]”.

    Harris afirmou ainda que a questão do plano de saúde estava em jogo nas eleições americanas deste ano.

    “Nosso país teve uma escolha clara nessa eleição. Cada voto para Joe Biden foi uma declaração de que a saúde na América deve ser um direito e não um privilégio”.

    E continuou: “Cada voto para Joe Biden foi um voto para proteger e expandir a lei de cuidados acessíveis, e não derrubá-la no meio de uma pandemia”.

    Kamala Harris

    Chegar a um cargo que nunca foi ocupado por alguém de sua etnia ou gênero não é uma novidade para Kamala Harris. Quando chegou à procuradora-geral da Califórnia, foi a primeira mulher e a primeira pessoa negra a assumir o posto.

    Também foi a primeira mulher negra a ser senadora pelo estado, a segunda no país. E, neste ano de 2020, ela se tornou a primeira mulher negra e a primeira pessoa de ascendência indiana a compor uma das chapas dos principais partidos americanos.

    Mas o resultado das eleições nacionais deste ano levou ela a lugares antes inimagináveis. Com a vitória de Joe Biden projetada pela CNN, Kamala Harris será a primeira mulher a assumir como vice-presidente dos Estados Unidos, estando mais perto do Salão Oval do que nenhuma outra já esteve.

    E mais. Nos EUA, o vice-presidente — ou, agora, a vice-presidente — é também a pessoa que preside o Senado Federal. Portanto, outro posto em que Kamala vai substituir o republicano Mike Pence após a vitória.

    “A minha presença aqui é um testemunho dedicado às gerações que vieram antes de mim,” disse Harris durante seu discurso de aceitação na Convenção Nacional Democrata, em agosto.

    Ela foi a terceira a compor uma chapa presidencial. Antes, Geraldine Ferraro concorreu na chapa democrata em 1984 e Sarah Palin foi a vice do republicano John McCain em 2008.

    Kamala Harris, origens e posições políticas

    Kamala Harris passou sua infância em um dos berços do ativismo de esquerda norte-americano: Berkeley e Oakland, onde nasceu em 1964. 

    Sua mãe foi uma pesquisadora de câncer e seu pai, que é de ascendência jamaicana, um professor de economia. 

    Ambos participavam do movimento dos direitos civis e Harris, junto com sua irmã mais nova, Maya, que presidiu sua campanha presidencial, cresceram em um ambiente de ativismo.

    Kamala Harris é uma figura vista como moderada dentro do Partido Democrata, que muitas vezes se vê entre diferentes alas da agremiação.

    Seu passado como promotora a colocou muitas vezes na linha de tiro dos grupos mais à esquerda entre os democratas, que veem na justiça criminal um meio para reforçar desigualdades. 

    Por outro lado, ela tem posição dura em diversas questões econômicas, tendo tido um papel importante em negociações por indenizações cobradas de instituições financeiras em razão da crise das hipotecas de 2008.

    Kamala Harris também se coloca como uma defensora de programas sociais e de uma ampliação da ação estatal na promoção dessas condições.

    (Com Guilherme Venáglia. Edição: Sinara Peixoto)

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