Justiça do Irã diz ter executado líder de rede de tráfico de mulheres
Shahrooz Sokhanvari foi detido na Malásia em 2020, em ação coordenada com a Interpol
A Justiça iraniana declarou neste sábado (20) que executou o líder de uma rede de tráfico de mulheres do Irã a países vizinhos com o propósito de prostituição.
Shahrooz Sokhanvari, um homem conhecido como “Alex”, era o líder de uma rede de “acompanhantes e tráfico de mulheres e garotas iranianas para alguns países da região”, segundo a agência de notícias do Judiciário, Mizan.
O órgão disse que Sokhanvari foi executado na manhã de sábado “pelo crime de tráfico humano com o propósito de prostituição”.
A imprensa iraniana publicou em 2020 que “Alex” havia sido detido na Malásia, em ação coordenada com a Interpol, e trazido ao Irã.
Ele foi sentenciado à morte em setembro de 2021, após acusações de “corrupção na Terra”, termo utilizado por autoridades iranianas para uma ampla gama de ofensas, incluindo as relacionadas às questões morais.
A agência de notícias ativista HRANA afirmou que várias mulheres também foram detidas no mesmo caso e enfrentam acusações sérias.
Execuções registradas no Irã subiram de 314 em 2021 para 576 em 2022, a segunda mais alta no mundo, após a China, disse a Anistia Internacional em um relatório nesta semana.