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    Justiça da África do Sul permite que ex-presidente compareça ao funeral do irmão

    Zuma está detido por desacato a uma decisão judicial desde 7 de julho e deve cumprir uma sentença de 15 meses

    Wendell Roel, da Reuters, na Cidade do Cabo

    O ex-presidente da África do Sul, Jacob Zuma, preso por desacato ao tribunal, recebeu licença por um dia para comparecer ao funeral do seu irmão mais novo nesta quinta-feira (22), disseram autoridades penitenciárias.

    Zuma está detido na prisão de Estcourt desde que se entregou às autoridades em 7 de julho para cumprir uma sentença de 15 meses. A prisão é próxima à sua residência rural em Nkandla, na província de Kwa-Zulu Natal, onde o funeral deve ser realizado.

    “Como um detento de baixo risco e curto prazo, o pedido do senhor Zuma foi processado e aprovado”, afirmou o departamento de serviços correcionais em um comunicado, acrescentando que, quando estivesse fora dos muros da prisão, Zuma não precisaria usar o uniforme dos detentos.

    Zuma, 79, foi sentenciado mês passado por desafiar uma ordem da corte constitucional para entregar evidências em um inquérito investigando corrupção de alto escalão durante seus nove anos no poder, até 2018.

    Protestos pró-Zuma eclodiram quando ele se entregou e chegaram a atingir níveis violentos, com saques e incêndios que levaram o presidente Cyril Ramaphosa a descrevê-los como uma “insurreição”.

    A inquietação atravessou as províncias de Kwa-Zulu Natal e o coração econômico do país Gauteng, matando 276 pessoas e destruindo centenas de negócios.

    Milhares de soldados foram deslocados para ajudar a conter a violência, entre as piores desde que o Congresso Nacional Africano venceu as primeiras eleições democráticas da África do Sul em 1994 para substituir o governo da minoria branca.