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    Jurados de Alec Baldwin ouvem argumentos iniciais nesta quarta-feira (10)

    Ator é acusado por homicídio culposo após disparo acidental em cenário do filme "Rust"

    Andrew Hayda Reuters

    Quase três anos após a morte da diretora de fotografia de “Rust”, Halyna Hutchins, os promotores do Novo México se prepararam para fazer declarações iniciais sobre o julgamento por homicídio culposo do ator Alec Baldwin, em um tiroteio que chocou Hollywood.

    Um júri do Novo México composto por 12 pessoas e quatro suplentes – 11 mulheres e cinco homens escolhidos na terça-feira (9) – ouvirá os promotores na quarta-feira delineando os argumentos de que Baldwin desconsiderou a segurança durante as filmagens do filme de baixo orçamento antes de apontar uma arma para Hutchins durante um ensaio, engatilhando e puxando o gatilho enquanto eles montavam uma câmera em um cenário a sudoeste de Santa Fé.

    A reprodução do revólver 1873 do Exército de Ação Única disparou um tiro real, inadvertidamente carregado pela armeira Hannah Gutierrez, que matou a estrela em ascensão de direção de fotografia e feriu o diretor Joel Souza.

    Desde uma entrevista policial em 21 de outubro de 2021, dia do tiroteio, Baldwin argumentou que a arma simplesmente “disparou”.

    Numa entrevista à ABC News dois meses depois, Baldwin disse a George Stephanopoulos que não puxou o gatilho. Um teste do FBI de 2022 descobriu que a arma estava em condições normais de funcionamento e não dispararia com toda a força sem que o gatilho fosse puxado.

    Os promotores estaduais acusaram Baldwin de homicídio culposo em janeiro de 2022. Eles retiraram as acusações três meses depois, logo após os advogados de Baldwin apresentaram evidências fotográficas de que a arma foi modificada, argumentando que ela dispararia com mais facilidade, reforçando o argumento de descarga acidental do ator.

    Os promotores convocaram um grande júri para restabelecer a acusação em janeiro, depois que um especialista independente em armas de fogo confirmou o estudo de 2022 do FBI.

    Os testes do FBI quebraram a arma, e os advogados de Baldwin dirão aos jurados que a destruição da arma os impediu de provar que a arma foi modificada.

    A especialista em armas cujo trabalho no set de “Rust” incluía o gerenciamento seguro de armas de fogo foi condenada por homicídio culposo em março.

    Os promotores terão que convencer os jurados que Baldwin também é culpado de negligência criminosa intencional e imprudente.

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