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    Militares de Mianmar lamentam mortes, mas culpam manifestantes por violência

    "Eles também são nossos cidadãos", disse o líder da junta, afirmando que "militares usarão a menor força possível para conter a violência"

    Funeral de Aung Kaung Htet, menino de 15 anos assassinado quando militares abriram fogo contra manifestantes em 21 de março
    Funeral de Aung Kaung Htet, menino de 15 anos assassinado quando militares abriram fogo contra manifestantes em 21 de março Foto: Stringer/Getty Images

    Da Reuters

    Os militares de Mianmar acusaram manifestantes contrários à organização de incêndio criminoso e violência, enquanto países ocidentais impuseram mais sanções a indivíduos e grupos ligados ao golpe do mês passado e à repressão contínua à dissidência.

    O porta-voz da junta, Zaw Min Tun, disse que 164 manifestantes morreram em episódios de violência e expressou tristeza com as mortes.

    “Eles também são nossos cidadãos”, disse ele em uma coletiva de imprensa na capital Naypyitaw nesta terça-feira (23), acrescentando que os militares usarão a menor força possível para conter a violência.

    A Associação de Assistência a Prisioneiros Políticos (AAPP) diz que ao menos 261 pessoas foram mortas pela repressão brutal das forças de segurança, que espalhou o caos pela nação do sudeste asiático.

     

    Três pessoas, incluindo um adolescente, perderam a vida em tumultos na segunda-feira (22) em Mandalay, a segunda maior cidade do país, disseram testemunhas e reportagens.

    A junta tenta justificar o golpe dizendo que a eleição de 8 de novembro vencida pela Liga Nacional pela Democracia (NLD) de Aung San Suu Kyi foi fraudulenta — uma acusação que a comissão eleitoral rejeitou. Líderes militares prometem uma nova eleição, mas ainda não marcaram uma data e declararam um estado de emergência.

    Zaw Min Tun culpou os manifestantes de incêndio criminoso e violência e disse que nove membros das forças de segurança foram mortos.

    “Será que podemos chamá-los de manifestantes pacíficos?”, indagou ao mostrar um vídeo de fábricas em chamas. “Qual país ou organização veria esta violência como pacífica?”

    Na segunda-feira, a União Europeia e os Estados Unidos impuseram sanções a pessoas ligadas ao golpe e à repressão dos manifestantes.