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    Juiz que investiga explosão em Beirute emite mandado de prisão contra ex-ministro

    Investigação que tenta identificar responsáveis pela explosão de agosto de 2020 avança a passos lentos no Líbano e desagrada Hezbollah

    Maha El Dahanda Reuters

    O juiz responsável pela investigação da catastrófica explosão no porto de Beirute emitiu um mandado de prisão, nesta terça-feira (12), para o ex-ministro das finanças Ali Hassan Khalil, depois que ele não compareceu para um interrogatório.

    Khalil, um membro sênior do movimento xiita Amal e aliado do grupo armado Hezbollah, que é apoiado pelo Irã, ainda não comentou o assunto.

    O líder do Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah, expressou críticas duras contra o juiz Tarek Bitar na segunda-feira (11), quando pediu por sua substituição em um discurso na televisão, dizendo que o magistrado era tendencioso e politizado.

    Os comentários vieram semanas depois de Wafik Safa, um alto funcionário do Hezbollah, ter alertado Bitar que o grupo o retiraria do inquérito, de acordo com um jornalista e uma fonte judicial.

    Investigações lentas

    A investigação da explosão de 4 de agosto de 2020, uma das maiores explosões não nucleares da história, fez pouco progresso em meio à campanha contra Bitar e à resistência de poderosas facções libanesas.

    O mandado de prisão de Khalil é o segundo de um ex-ministro decorrente da investigação.

    O primeiro foi emitido para o ex-ministro das Obras Públicas, Youssef Finianos, em setembro, quando ele repetidamente deixou de comparecer para o seu interrogatório. Finianos ainda não foi preso, apesar do mandado.

    O juiz Tarek Bitar emitiu vários pedidos em julho para questionar várias autoridades importantes, incluindo o ex-primeiro-ministro Hassan Diab, vários ex-ministros e o chefe de segurança do país por negligência. Todos negaram irregularidades.

    Danos causados por explosão na área portuária de Beirute, no Líbano
    A explosão na área portuária de Beirute intensificou ainda mais a crise econômica no país / REUTERS

    Mas o pedido de Bitar encontrou resistência e queixas legais questionando sua imparcialidade. Uma instância judicial no mês passado forçou a investigação a parar por pouco mais de uma semana.

    Outro ex-ministro de obras públicas, Ghazi Zeiter, também um membro sênior do Amal e aliado do Hezbollah, deve ser interrogado amanhã. As expectativas dele não comparecer são grandes.

    Embora Bitar tenha procurado questionar vários políticos aliados do Hezbollah, incluindo Khalil e Zeiter, ele não procurou questionar nenhum membro do próprio Hezbollah.

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