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    Republicanos contestam apuração na Pensilvânia e em Wisconsin

    Votos por correspondência ainda causam discussões sobre o processo eleitoral

    Foto: Divulgação / Casa Branca

    Da Reuters

    Um juiz federal do estado norte-americano da Pensilvânia analisou nesta quarta-feira (4) argumentos de republicanos que querem impedir um condado do subúrbio da Filadélfia de contar votos enviados pelo correio que os eleitores tiveram permissão de corrigir. A campanha republicana também anunciou que irá pedir a recontagem de votos em Wisconsin.

    Na Pensilvânia, o juiz distrital Timothy Savage recebeu com ceticismo os argumentos do advogado dos requerentes, que advogados das autoridades eleitorais do condado de Montgomery e o Comitê Nacional Democrata disseram poder tirar dos eleitores o direito ao voto.

    A decisão poderia ter implicações para a corrida presidencial entre o presidente republicano, Donald Trump, e seu rival democrata, Joe Biden.

    Os resultados de vários estados ainda não estão claros, e a Pensilvânia é um estado crucial agora que os votos pelo correio estão sendo contabilizados. Trump apareceu na Casa Branca na manhã desta quarta-feira para declarar vitória, ainda que não houvesse o término da contagem dos votos, e fazer alegações infundadas de fraude eleitoral.

    A ação civil da Pensilvânia foi apresentada por Kathy Barnette, comentarista política conservadora que projeções mostram estar perdendo a disputa por um assento na Câmara do 4º distrito congressual do Estado, e Clay Breece, presidente do Comitê Republicano do condado de Berks.

    Eles acusaram as autoridades eleitorais do condado de Montgomery de terem “pré-analisado” cédulas ilegalmente em busca de erros e permitido que eleitores as corrigissem, e pediram uma liminar para suspender a contagem de tais votos.

    Thomas Breth, um advogado dos requerentes, comparou o caso à eleição de 2000, quando a Suprema Corte arbitrou o caso Bush x Gore desencadeado por uma disputa sobre a contagem de votos na Flórida a favor do republicano George W. Bush.

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    “Dói para as pessoas mencionar Bush-Gore, mas esta é a análise que se aplica”, disse Breth.

    “Isto está criando a mesma situação que a Flórida criou em 2000”, com “todos aqueles condados diferentes tratando cédulas de maneiras não uniformes. Existe um argumento forte de que se está votando duas vezes.”

    Mas Savage questionou Breth no tocante à justiça de se impedir os eleitores de corrigir erros em suas cédulas. “Então o que acontece com o meu voto?”, perguntou o juiz. Breth disse que ele “pode ser anulado”. “Mas eu nunca tive a oportunidade” de corrigi-lo, disse Savage. “Estou perdendo meu voto.”

    As autoridades eleitorais replicaram que não houve violação da proteção igual da 14ª Emenda, e acusaram os requerentes de apresentarem uma ação civil de última hora para minar o direito ao voto dos eleitores.

    Wisconsin

    A campanha do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que irá solicitar, de forma imediata, uma recontagem de votos no estado de Wisconsin. Embora os resultados das eleições presidenciais no Estado ainda não tenham sido finalizados oficialmente, Biden é projetado como vencedor com 99% dos votos apurados.

    “Tem havido relatos de irregularidades em vários condados de Wisconsin, que levantam sérias dúvidas sobre a validade dos resultados”, disse o gerente de campanha, Bill Stepien, em um comunicado, sem fornecer detalhes de quaisquer relatos.

    “O presidente está bastante dentro do limite para solicitar uma recontagem e faremos isso imediatamente.”

    Com 99% dos votos esperados apurados até o momento em Wisconsin, Biden tem 49,4% e Trump soma 48,8%, segundo a Edison Research. Como a diferença entre Biden e Trump é menor que 1 ponto percentual, Trump pode pedir uma recontagem de votos.