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    Juiz da Itália condena 70 pessoas em um grande julgamento da máfia

    Caso envolve o clã 'Ndrangheta, mas não mirou, desta vez, nos chefes do maior grupo criminoso italiano

    Angelo Amanteda Reuters

    Um juiz italiano considerou 70 réus culpados na primeira sentença em um dos maiores julgamentos de máfia do país.

    O caso envolve o clã ‘Ndrangheta, baseado na Calábria, a pedra no sapado da Itália, considerado pelos promotores como o grupo mafioso mais poderoso do país – eclipsando facilmente a mais famosa gangue Cosa Nostra da Sicília.

    O julgamento acelerado, realizado no fim de semana, envolveu 91 réus e permitiu que os condenados tivessem suas sentenças reduzidas em um terço.

    Alguns dos que foram apontados pelos promotores como membros importantes da ‘Ndrangheta foram condenados a penas de prisão de até 20 anos.

    O promotor-chefe, Nicola Gratteri, disse que a primeira sentença forneceu a base para um processo mais amplo envolvendo mais 300 suspeitos, que começou em janeiro na cidade de Lamezia Terme.

    Os mafiosos enfrentam acusações que incluem extorsão, tráfico de drogas e roubo.

    “Continuamos nosso trabalho com serenidade e a firmeza necessária para um julgamento tão importante”, disse Gratteri, um dos magistrados antimáfia mais respeitados do país.

    Ele acrescentou que a maioria das 19 pessoas absolvidas no julgamento eram suspeitas marginais.

    A última vez que a Itália julgou centenas de supostos mafiosos simultaneamente foi em 1986, na cidade siciliana de Palermo, um caso que representou uma virada na luta contra a Cosa Nostra e marcou o início do acentuado declínio do grupo.

    O julgamento da Calábria envolve um grande número de trabalhadores de colarinho branco e não tem como alvo as hierarquias superiores dos clãs ‘Ndrangheta, como foi o caso do julgamento de Palermo.