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    João Paulo I, o papa que reinou durante 34 dias, será beatificado

    Data da beatificação ainda será definida pelo Papa Francisco; João Paulo I foi eleito em agosto de 1978 e morreu inesperadamente no mês seguinte

    Juan Pablo Elverdinda CNN

    O Papa João Paulo I, que ocupou o posto por apenas 34 dias em 1978, será beatificado pela Igreja Católica, disse o Vaticano nesta quarta-feira (13).

    Um comunicado diz que o Papa Francisco aprovou um decreto reconhecendo um milagre atribuído à intercessão do falecido papa italiano, cujo nome de nascimento era Albino Luciani.

    “O Papa Francisco, ao receber o Cardeal Marcello Semeraro em audiência na manhã desta quarta-feira (13), autorizou a Congregação para as Causas dos Santos a promulgar o decreto que reconhece um milagre atribuído à intercessão de João Paulo I.”

    João Paulo I foi eleito em 26 de agosto de 1978 para suceder Paulo VI e morreu inesperadamente em 28 de setembro.

    O papa João Paulo II o sucedeu e 1978 ficou registrado na história da Igreja como “o ano dos três papas”.

    A morte repentina de João Paulo I levou a vários livros alegando teorias da conspiração envolvendo assassinato e envenenamento.

    As teorias, no entanto, foram negadas pela Igreja e acredita-se que ele morreu em decorrência de um ataque cardíaco durante o sono. João Paulo I tinha 65 anos.

    João Paulo I foi encontrado sem vida pela irmã que levava café para seu quarto todas as manhãs e ficou conhecido por uma dos pontificados mais curtos da história da Igreja.

    “Em apenas algumas semanas de seu pontificado, ele entrou no coração de milhões de pessoas, por sua simplicidade, sua humildade, suas palavras em defesa dos pobres e por seu sorriso evangélico”, relembrou o Vaticano.

    Papa Paulo VI cumprimenta Albino Luciani, que seria o Papa João Paulo I por 34 dias / Foto: Vaticano

    Cura ‘inexplicável’ de menina de 11 anos

    Acredita-se que o milagre no caso de João Paulo I seja a cura inexplicável de uma menina de 11 anos em Buenos Aires.

    De acordo com o Vaticano, a menina sofria de “encefalopatia inflamatória aguda grave, doença epilética refratária maligna, choque séptico”.

    À época, o quadro clínico foi considerado muito grave e “caracterizado por numerosas crises epiléticas diárias e um estado séptico causado por broncopneumonia”.

    A iniciativa de chamar o Papa João Paulo I foi tomada pelo pároco da paróquia à qual pertencia o hospital, diz o Vaticano.

    O próximo passo é apenas aguardar a data, que será fixada pelo Papa Francisco. A Igreja Católica ensina que somente Deus realiza milagres, mas que os santos – que se acredita estarem com Deus no céu – intercede em nome das pessoas que oram a eles.

    (Este texto é uma tradução. Para ler o original, em espanhol, clique aqui)

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