Itamaraty vê impasse e abandona prazos para saída de brasileiros de Gaza
Desde o começo da guerra entre Israel e o Hamas, o governo brasileiro apostou em datas que nunca foram cumpridas; última previa a saída até esta quarta-feira (8)
O Itamaraty vê um impasse e desistiu de estabelecer prazos públicos para saída dos 34 brasileiros na Faixa de Gaza.
Segundo diplomatas brasileiros com quem a CNN conversou, não é mais possível estabelecer uma data estimada de quando os brasileiros sairão.
Desde o começo da guerra entre Israel e o Hamas, o governo brasileiro apostou em datas que nunca foram cumpridas.
A última previa a saída até esta quarta-feira (8). O Itamaraty tem tentado um freio de arrumação para que todas as informações sobre o assunto sejam transmitidas apenas pelo chanceler, de modo a evitar novas previsões erradas.
Mesmo com a abertura da fronteira neste segunda-feira (6), a avaliação é de que há um impasse entre Egito e Israel. Ele teria sido provocado, segundo diplomatas brasileiros, pelo fato de Israel ter bombardeado ambulâncias supostamente com soldados do Hamas, o que gerou incômodo dentre autoridades egípcias e teria levado ao fechamento da fronteira no sábado (4).
Este cenário será passado nesta segunda-feira (6) pelo chanceler Mauro Vieira ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), bem como os esforços diplomáticos nos últimos dias de Vieira e do assessor especial para assuntos internacionais, Celso Amorim. Vieira falou com seus similares israelense e egípcio.
Amorim conversou com o conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan.
A leitura também é a de que nem os critérios dos estrangeiros que saíram foram claros até agora, embora haja a percepção de que não se trata de algo específico contra o Brasil.
Nas conversas que a CNN teve nesta manhã, são citados, por exemplo, Espanha e Noruega como países ocidentais cujos nacionais também não foram autorizados a deixar Gaza.