Israel não assume responsabilidade pelo ataque que matou um dos fundadores do Hamas no Líbano; veja o que sabemos
Saleh Mohammed Suleiman Al-Arouri é considerado por Israel um dos principais fundadores das Brigadas Al-Qassam, ala militar do Hamas na Cisjordânia
O Hamas disse na última terça-feira (2) que um de seus altos funcionários foi morto em um ataque no sul de Beirute.
Saleh Mohammed Suleiman Al-Arouri foi um proeminente líder político e militar palestino que Israel considera um dos principais fundadores das Brigadas Al-Qassam, ala militar do Hamas na Cisjordânia.
Membro do Hamas desde 1987, Al-Arouri começou a estabelecer e organizar um aparelho militar para o movimento na Cisjordânia em 1991, o que contribuiu para o lançamento efetivo das Brigadas Al-Qassam na Cisjordânia em 1992.
Ele foi o ex-vice-chefe do braço político do Hamas e participou, em 2011, da negociação da libertação do soldado israelense capturado Gilad Shalit em troca de 1.027 prisioneiros palestinos detidos em prisões israelenses.
Al-Arouri foi repetidamente preso por Israel, inclusive por longos períodos entre 1985 e 1992, e de 1992 a 2007, segundo o Conselho Europeu de Relações Exteriores.
Em 2010, ele foi deportado por Israel para a Síria, onde viveu durante três anos antes de se mudar para a Turquia e de lá para o Líbano.
Aqui estão os últimos desenvolvimentos:
Israel não assume responsabilidade
Durante uma entrevista à “MSNBC”, Mark Regev, conselheiro sênior do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, disse “Israel não assumiu a responsabilidade por este ataque”.
“Mas quem o fez deve deixar claro que não se tratou de um ataque ao Estado libanês. Não foi um ataque nem mesmo ao Hezbollah”, prosseguiu Regev.
Enquanto isso, um ex-embaixador israelense nas Nações Unidas Danny Danon, elogiou as agências de segurança do país pelo “assassinato” de Arouri.
O número de mortos em Gaza aumenta
Os ataques israelenses a Gaza mataram pelo menos 22.185 palestinos do território.
A CNN não consegue confirmar de forma independente os números fornecidos pelo Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, devido ao acesso restrito à região e à dificuldade em verificar números precisos no meio da guerra em curso.
Militar israelense ajusta operações em Gaza
O Ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, disse em uma visita à Faixa de Gaza que as operações militares de Israel no enclave irão continuará por algum tempo. Entretanto, mudarão à medida que avaliar a situação.
“A sensação de que iremos parar em breve é incorreta – sem uma vitória clara, não seremos capazes de viver no Oriente Médio”, explicou Gallant.
Israel comparecerá perante ao Tribunal de Haia
O Estado de Israel comparecerá perante o Tribunal Internacional de Justiça em Haia “para dissipar o absurdo libelo de sangue da África do Sul”, disse o porta-voz do governo israelense, Eylon Levy, na terça-feira.
Ele se referia à alegação da África do Sul de que Israel está cometendo genocídio em sua guerra contra o Hamas.
Delegação do Senado dos EUA planeja se reunir com Netanyahu
Um grupo bipartidário de senadores dos Estados Unidos viajaram para o Oriente Médio na terça-feira para se reunir com altos funcionários israelenses para discutir o estado da guerra Israel-Hamas.
Os legisladores são membros do Comitê de Inteligência do Senado. Eles também deverão conversar com Netanyahu e líderes dos países árabes durante a visita, segundo a senadora democrata Kirsten Gillibrand.