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    Israel mata comandante sênior em Gaza; governo brasileiro condena ações

    Ataques aéreos de israelenses já resultaram, somente esta semana, em 25 mortes, incluindo mulheres e crianças; grupos jihadistas têm respondido com centenas de foguetes disparados do enclave palestino 

    Da CNN

    Ataques aéreos israelenses mataram o chefe da força de foguetes da Jihad Islâmica em Gaza, nesta quinta-feira (11), como parte de uma operação nesta semana que já custou 25 vidas, incluindo mulheres e crianças, e tem sido refutada com centenas de foguetes disparados do enclave palestino.

    Israel atingiu o que disse serem alvos da Jihad Islâmica enquanto sirenes de ataque aéreo soavam em áreas no sul israelense ao redor de Gaza e em meio a esforços de mediação egípcios.

    O Egito recebeu o representante graduado da Jihad Islâmica Mohammad al-Hindi, no Cairo, como parte das negociações de trégua para acabar com os conflitos, disseram duas autoridades da Jihad Islâmica e um diplomata estrangeiro.

    “Os esforços do Egito para acalmar as coisas e retomar o processo político ainda não deram frutos”, disse o ministro das Relações Exteriores do Egito, Sameh Shoukry, a repórteres em Berlim.

    Ali Ghali foi o quarto comandante sênior da Jihad Islâmica morto desde que Israel começou a atacar Gaza em operações antes do amanhecer na terça-feira. O número de mortos nos ataques inclui pelo menos quatro mulheres e seis crianças.

    Os militares disseram que Ghali ajudava a supervisionar os lançamentos de foguetes contra Israel nos últimos dias, bem como em rodadas anteriores de combates com a Jihad Islâmica, um grupo apoiado pelo Irã aliado ao Hamas, que governa o enclave bloqueado.

    “Instruí o estabelecimento de defesa a tomar todas as medidas necessárias, preparar ações adicionais e manter a prontidão para a possibilidade de aumento de fogo”, disse o ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant.

    Brasil condena ataques

    O governo brasileiro se manifestou, na quarta-feira (10) em relação aos incidentes na Faixa de Gaza. Em nota, o Ministério das Relações Exteriores condenou os bombardeios perpetrados por Israel.

    “O Governo brasileiro tomou conhecimento, com consternação, do bombardeio realizado na madrugada de hoje pela Força Aérea de Israel a áreas residenciais na Faixa de Gaza, no Estado da Palestina, provocando a morte de ao menos 13 cidadãos palestinos, incluindo 10 civis, dentre os quais crianças”, diz a nota do Itamaraty. “O Governo brasileiro expressa condolências aos familiares das vítimas e manifesta sua solidariedade ao povo e ao governo do Estado da Palestina.”

    Lançador de mísseis na região de Gaza / 10/05/2023 REUTERS/Ammar Awad

    A nota prossegue, destacando a necessidade de esforços para chegar a uma interrupção das hostilidades. “O Brasil lamenta que em 2023, ano do 30º aniversário dos Acordos de Paz de Oslo, já se tenham registrado as mortes de mais de 100 palestinos e mais de 15 israelenses em conflito. Ao reiterar que não há justificativa para o recurso à violência, sobretudo contra civis, o governo brasileiro apela às partes que se abstenham de ações que levem a uma escalada de tensão.”

    “O Brasil reitera seu compromisso com o direito internacional, com o direito internacional humanitário e com a solução de dois Estados, para que Palestina e Israel possam conviver em paz e segurança, dentro de fronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas. Reafirma, ainda, que a mera gestão do conflito não constitui alternativa viável para o encaminhamento da questão israelo-palestina, sendo urgente a retomada das negociações de paz”, encerra a nota.

    (Publicado por Fábio Mendes, com informações da Reuters)