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    Israel iria se “comprometer” em Gaza para evitar retaliação do Irã, diz agência

    Chefe da Força Aeroespacial iraniana teria fornecido detalhes do que afirmou serem esforços para evitar uma escalada de conflitos após o ataque de Damasco

    A bandeira iraniana tremula do lado de fora da sede da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) em Viena, Áustria
    A bandeira iraniana tremula do lado de fora da sede da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) em Viena, Áustria 0/03/2023REUTERS/Leonhard Foeger

    Elwely ElwellyParisa HafeziDan Williamsda Reuters

    Dubai

    Israel enviou mensagens ao Teerã, a capital do Irã, por meio do Egito, de que iria “comprometer-se” na guerra em Gaza para evitar uma resposta iraniana ao ataque em abril ao complexo da embaixada do Irã na Síria, disse a agência de notícias iraniana Tasnim.

    De acordo com a agência de notícias, o chefe da Força Aeroespacial da Guarda, Amirali Hajizadeh, teria fornecido detalhes do que afirmou serem esforços de Israel na época para evitar uma escalada de hostilidades após o ataque de Damasco.

    No evento, o Irã lançou drones explosivos e disparou mísseis contra Israel, no seu primeiro ataque direto ao território israelense.

    O governo iraniano disse que a ofensiva foi uma retaliação pelo que afirmou ter sido um ataque israelense ao seu consulado em Damasco, no qual foram mortos sete oficiais do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica.

    Israel não confirmou ou negou ser responsável pelo ataque. As autoridades israelenses, no entanto, descreveram o local atingido como um escritório da Guarda Revolucionária perto da embaixada, e não como parte da missão diplomática.

    “Israel enviou mensagens através do ministro dos Negócios Estrangeiros do Egito de que irá comprometer-se na guerra em Gaza para evitar a retaliação do Irã”, disse o oficial militar iraniano.

    A Reuters entrou em contato com o gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que não fez comentários imediatos.

    Israel lançou a guerra contra o Hamas em Gaza após um ataque ao sul de Israel em 7 de outubro pelo grupo islâmico palestino.

    Netanyahu afirmou que o objetivo da ofensiva é eliminar o Hamas, que jurou a destruição de Israel, e tem resistido aos apelos dos aliados por contenção, como, por exemplo, nas operações na cidade de Rafah, no sul de Gaza.

    Autoridades egípcias não estavam disponíveis para comentar.

    Segundo a agência de notícias Tasnim, o comandante iraniano disse:  “Tivemos que usar um grande número de mísseis e drones para passar pela Cúpula de Ferro de Israel, usamos 20% de nossa capacidade militar na operação”.

    O porta-voz militar de Israel, Daniel Hagari, disse na época que o Irã havia lançado dezenas de mísseis terra-terra contra Israel, a maioria deles interceptados fora das fronteiras israelenses por Israel e seus aliados. Eles incluíam mais de 10 mísseis de cruzeiro, acrescentou.

    Os mais de 200 drones e mísseis causaram danos leves a uma instalação militar israelense, afirmou Hagari.

    O ataque à embaixada e a resposta iraniana causaram preocupação sobre uma potencial crise no meio de tensões regionais sobre o conflito de Gaza.