Israel investiga alegação do Hamas de que bebê de 10 meses e familiares reféns foram mortos
Braço armado do Hamas disse, nesta quarta, sem fornecer provas, que Kfir, seu irmão de 4 anos, Ariel, e sua mãe, Shiri, foram mortos em um ataque aéreo israelense
As Forças de Defesa de Israel (FDI) disseram, nesta quarta-feira (29), que estão investigando uma alegação do Hamas de que o mais jovem refém israelense, Kfir Bibas, um bebê de 10 meses, seu irmão e sua mãe estão mortos.
O braço armado do Hamas disse, nesta quarta, sem fornecer provas, que Kfir, seu irmão de 4 anos, Ariel, e sua mãe, Shiri, foram mortos em um ataque aéreo israelense.
As FDI responderam com uma declaração dizendo que estavam “avaliando a precisão das informações”.
O Exército israelense ainda afirmou que conversou com familiares da família Bibas e “estão com eles neste momento difícil”.
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“O Hamas é totalmente responsável pela segurança de todos os reféns na Faixa de Gaza. O Hamas deve ser responsabilizado. As ações do Hamas continuam a colocar em perigo os reféns, que incluem nove crianças. O Hamas deve libertar imediatamente os reféns”, disseram as FDI.
Minutos depois da alegação do Hamas ter surgido, uma autoridade israelense de alto escalão que estava em uma reunião disse: “Espero que não seja verdade” e “não temos nenhuma indicação de que tenham sido assassinados”.
Em uma entrevista ao Canal 12 de Israel, Jimmy Miller, primo de Shiri, disse que as FDI informaram a família sobre a alegação do Hamas.
“O Hamas os sequestrou vivos, o Hamas é o responsável pela saúde deles e o Hamas precisa devolvê-los vivos”, disse Miller.
“Não nos importamos se eles os transferiram para outra pessoa ou para outra entidade, eles são (exclusivamente) responsáveis por trazê-los de volta para nós vivos e bem”, completou.
A família Bibas confirmou mais tarde que “soube das últimas reivindicações do Hamas”, de acordo com um comunicado do Fórum de Famílias de Reféns e Desaparecidos.
“Estamos aguardando que a informação seja confirmada e, esperançosamente, refutada pelas autoridades militares. Agradecemos ao povo de Israel pelo seu caloroso apoio, mas solicitamos gentilmente privacidade durante este momento difícil”, disseram.
O porta-voz principal das FDI, contra-almirante Daniel Hagari, disse no início da semana que as FDI não acreditavam que os meninos e sua mãe estivessem nas mãos do Hamas.
Não houve nenhum bombardeio israelense em Gaza desde que o cessar-fogo começou na manhã de sexta-feira.
Kfir, Ariel e Shiri Bibas, e provavelmente seu pai, Yarden, foram todos sequestrados em Nir Oz, um kibutz israelense que foi devastado quando foi atacado por homens do Hamas em 7 de outubro.
O Hamas assassinou mais de um quarto da comunidade ao dispararem contra as casas das pessoas. Eles também saquearam e destruíram tudo o que puderam.
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Em entrevista à CNN na terça-feira (29), Eylon Keshet implorou pela libertação de seu primo, Yarden, e do resto da família Bibas.
“Eles não deveriam ser mantidos assim. É desumano. É tão assustador”, disse Keshet visivelmente chateado.
Segurando cartazes de Kfir e Ariel, ele perguntou: “Estes são os inimigos do Hamas? Esses são inimigos de alguém? Essas crianças deveriam ser usadas como moeda de troca? Não há justificativa para usá-los desta forma. Nós apenas os queremos de volta, na verdade.”
A afirmação do Hamas surgiu em um momento em que os negociadores trabalham no sentido de outra potencial extensão da trégua entre Israel e o Hamas, agora no seu sexto dia.
Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Catar disse à CNN que o Catar – que desempenhou um papel crucial na intermediação do acordo de trégua – está “muito otimista” de que uma prorrogação será anunciada.